Segundo o Atlas da Violência, divulgado em 18 de junho de 2024, agressões sexuais foram a forma de violência mais comum contra meninas de 10 a 14 anos no Brasil em 2022, representando 49,6% dos casos. Para bebês e crianças até 9 anos, esse tipo de agressão foi responsável por 30% dos casos.
Outras faixas etárias enfrentaram diferentes formas de violência: a negligência foi predominante entre crianças de 0 a 9 anos e idosos acima de 70, enquanto a violência física foi mais comum entre 15 e 69 anos.
Em 2022, houve 221.240 registros de violência contra meninas e mulheres, sendo 86,6% dos agressores homens. A maioria das agressões (81%) ocorreu dentro das residências.
O estudo também destacou subnotificações em homicídios, estimando 5.982 assassinatos não contabilizados. O Norte e o Nordeste foram identificados como as regiões mais violentas, com a Bahia tendo sete das dez cidades com maiores taxas de homicídio.
A pesquisa também apontou que 76,5% das vítimas de homicídio eram negras e que a violência contra a população LGBTQIAPN+ aumentou 39,4% em um ano, registrando 8.028 casos em 2022. Além disso, houve 205 assassinatos de indígenas, com uma taxa de 21,5 homicídios por 100 mil habitantes.