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Atlas da Violência revela que número de homicídios em Minas Gerais caiu mais de 40% em 10 anos

Por Dentro De Tudo:

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Dados divulgados nesta terça-feira (18) revelam que o número de homicídios caiu consideravelmente em Minas Gerais em 10 anos. De 2012 a 2022, o estado registrou uma queda de mais 40% em crimes desta natureza.

As informações são do Atlas da Violência, levantados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O documento ainda revela que houve queda nas mortes de mulheres, crianças e negros em Minas Gerais.

Para os pesquisadores, uma série de fatores pode explicar a diminuição de homicídios. Segundo eles, o país passou pela maior transição demográfica da sua história, a partir do começo dos anos 2000, rumo ao envelhecimento da população.

Para os estudiosos, o fator demográfico teria o potencial de reduzir a taxa de homicídio. Além disso, o maior controle de armas de fogo a partir de 2003, com a sanção do Estatuto do Desarmamento, pode ter salvado até 14 mil vidas entre 2004 e 2007, equivalente a cerca de 7,4% dos homicídios no período.

Segundo o estudo, em 2022, o país registrou um total de 33.580 homicídios por armas de fogo, número inferior aos dois anos anteriores, mas maior do que o registrado em 2019.

Mortes de mulheres

Segundo o Atlas da Violência, na última década (2012-2022), ao menos 48.289 mulheres foram assassinadas no Brasil. Somente em 2022, foram 3.806 vítimas, o que representa uma taxa de 3,5 casos para cada grupo de 100 mil mulheres. Em Minas Gerais, o número de homicídios de mulheres caiu 40,9% em 10 anos.

Pessoas negras

Em 2022, pessoas negras foram vítimas em 76,5% do total de homicídios registrados no país, totalizando 35.531 vítimas. Proporcionalmente, em média, para cada pessoa não negra assassinada no Brasil, 2,8 negros são mortos.

“Esse cenário de grande discrepância no perfil racial de pessoas vítimas de violência, infelizmente, não é novidade no contexto brasileiro”, observaram os estudiosos.

Violência contra a população LGBTQIA+ aumenta

Em contraste ao cenário observado até então, os dados apontam que, em 2022, 8.028 pessoas LGBTQIA+ foram vítimas de violência no Brasil, um aumento de 39,4% em relação a 2021, quando foram registrados 5.759 casos.

Analisando a série histórica desde 2014, nota-se que os casos cresceram ano a ano, à exceção de 2020, primeiro ano da pandemia de Covid-19, quando os serviços presenciais caíram consideravelmente.

O salto entre 2021 e 2022 é o segundo maior da série e, para os pesquisadores, acende um alerta para o aumento da violência contra essa população.

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