Após aumento considerável provocado pela pandemia, a porcentagem de pessoas que trabalham em casa no Brasil, o famoso home office, caiu em 2023. O apontamento é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada na manhã desta sexta-feira (21/6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No ano passado, a porcentagem dos trabalhadores que atuam no domicílio de residência foi de 8,3%, abaixo dos 8,5% registrados em 2022. A PNAD Contínua não pôde ser feita em 2020 e 2021 justamente por conta da pandemia, mas pode-se ver aumento geral histórico do home office quando apenas 3,4% dos trabalhadores aderiam ao modelo em 2014.
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Em 2023, a população ocupada no setor privado no Brasil, de 82,3 milhões de pessoas, trabalhava, principalmente, em estabelecimento do próprio empreendimento (59,1%); em local designado pelo empregador, patrão ou freguês (13,8%); e em fazenda, sítio, granja, chácara etc. (9,0%).
As pessoas que trabalhavam no domicílio de residência, ou seja, em home office, registraram o menor percentual nas regiões Sul e Centro-Oeste (6,5% em cada). Por outro lado, as regiões Nordeste (8,6%) e Sudeste (9,0%) tinham as maiores proporções.
Ocupados
Entre todos os ocupados no país, o Brasil chegou, ano passado, a 100,7 milhões de pessoas de 14 anos ou mais ocupadas no mercado de trabalho. A PNAD Contínua — Características Adicionais do Mercado de Trabalho 2023 aponta “manutenção da trajetória de expansão” do mercado de trabalho no Brasil, atingido por fortes impactos da pandemia em 2020.
Ao passar de 100 milhões de pessoas ocupadas, o país teve acréscimo de 1,1% do contingente de ocupação em relação a 2022, quando eram 99,6 milhões de pessoas, e de 12,3% frente à população de 2012, com 89,7 milhões no mercado.
Um dos fatores que contribuíram para o aumento dos trabalhadores foi a expansão da população em idade de trabalhar, que subiu 0,9% entre 2022 e 2023. No último ano, o IBGE projetou 174,8 milhões de brasileiros com mais de 14 anos, ou seja, em idade para trabalhar, já que é permitido o emprego como aprendiz nessa faixa etária.
“Com o avanço simultâneo das duas populações, o nível da ocupação ficou estimado em 57,6%, em 2023. Não obstante o importante crescimento do nível da ocupação nos últimos anos, seu valor não superou o máximo da série (58,3%, em 2013)”, aponta a pesquisa.