Um homem apontado como o principal fornecedor de documentos falsos de Minas Gerais foi preso pela Polícia Civil na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ele é suspeito de atuar em todos os 26 estados e no DF, fornecendo documentos falsos para organizações criminosas. As investigações apontam que o material era usado para a prática diversos tipos de crime.
“Ele fornece esses documentos no atacado. E são documentos usados não só para fraudes envolvendo envolvendo veículos automotores, mas fraudes junto ao sistema financeiro e ele também fornecia documentação falsa para foragidos da Justiça”, disse o delegado Domiciano Monteiro, nesta quinta-feira (7).
Segundo a polícia, o homem, de 29 anos, falsificava, por exemplo, carteiras de habilitação, registros de identidade, documentos de carro, contracheques. A qualidade do material produzido chamou a atenção dos investigadores e delegados.
“É por isso que ele possuía já essa demanda junto a grandes grupos criminosos. Os documentos apreendidos em poder dele possuem vários elementos de segurança. As CNHs, por exemplo, reproduzem radiação luminescente, sensível à radiação ultravioleta e até mesmo a leitura do QR Code”, disse Monteiro.
De acordo com o delegado Leandro Matos, desde o início do ano, estão sendo apuradas fraudes envolvendo locadoras de veículos e instituições financeiras. O suspeito passou a ser investigado depois de uma operação, em junho, que resultou na apreensão de dez carros adulterados, avaliados em mais de R$ 1 milhão, e na prisão de três suspeitos de receptação e adulteração de veículos.
“A partir disso, passamos a investigar a documentação que envolvia essas fraudes. Foi então que, durante esse processo, chegamos ao indivíduo que foi preso no dia 1º, última sexta-feira, na posse do material utilizado nessas fraudes”, afirmou.
O homem foi detido em Vespasiano e se manteve em silêncio. Além de espelhos de documentos, a polícia encontrou materiais, como papel moeda e impressoras.
O suspeito foi autuado em flagrante por falsificação de documento público, crime pelo qual ele já havia sido preso anteriormente.
A polícia suspeita que, nos documentos, ele usava informação de pessoas inocentes, que não ter relação com as fraudes.
As investigações agora seguem para analisar o material apreendido e identificar, por exemplo, os fornecedores das matérias-primas. A polícia não descarta a possibilidade de participação de funcionários de órgãos públicos.
As informações do inquérito também serão compartilhadas com polícias de outros estados já que ele produzia documentos falsos para todo o Brasil.