No podcast “Gerais no g1,” a juíza Marixa Fabiane, que presidiu o julgamento que condenou o ex-goleiro Bruno Fernandes, discutiu os avanços na legislação de proteção às mulheres e destacou que ainda há muito a ser feito.
Em 2010, Eliza Samúdio foi assassinada. Seu ex-namorado, Bruno Fernandes, então goleiro do Flamengo, foi condenado a 22 anos e três meses de prisão por homicídio, ocultação de cadáver, sequestro e cárcere privado do filho que teve com a vítima. Cinco anos após o crime, a lei contra o feminicídio foi criada. Desde então, quase 11 mil mulheres foram vítimas desse crime no país, segundo o relatório do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
Apenas no ano passado, 1.463 mulheres foram vítimas de feminicídio, representando aproximadamente um caso a cada seis horas. Este é o maior número registrado desde a criação da lei. A juíza Marixa Fabiane, que condenou Bruno em 2010, participou das discussões que culminaram na criação do feminicídio como qualificadora de homicídio nos casos de assassinatos de mulheres.
Por g1 Minas — Belo Horizonte