A tradicional semana de trabalho de cinco dias no escritório está em declínio, com o modelo híbrido ganhando força. Nesse contexto, a sexta-feira tem se tornado um dia mais tranquilo. Bruce Daisley, especialista em tendências de trabalho e autor do podcast “Eat Sleep Work Repeat”, discute essa mudança, destacando que a presença no escritório às sextas é quase inexistente, com uma média de frequência de apenas 4,1%. Muitos profissionais preferem trabalhar de casa nesse dia, utilizando-o para atualizar tarefas e monitorar e-mails em um ritmo mais lento.
Historicamente, a sexta-feira já era um dia mais relaxado, com atividades sociais e dress codes casuais. No entanto, hoje existem regras implícitas, como evitar marcar reuniões importantes. Empresas como o Deutsche Bank resistem a essa mudança, obrigando funcionários a trabalharem no escritório nas sextas e segundas-feiras para manter a cultura corporativa.
Daisley sugere que o aspecto social das sextas-feiras está se perdendo no trabalho remoto, o que pode impactar negativamente a cultura organizacional. Ele observa que o ritmo mais lento das sextas pode beneficiar a saúde mental e reduzir o burnout, possivelmente levando à adoção de uma semana de trabalho de quatro dias na prática.
Embora algumas empresas tentem reverter essa tendência, é improvável que a sexta-feira volte a ser um dia de trabalho completo no escritório para a maioria dos profissionais. A adaptação dos líderes será essencial para lidar com essa nova realidade, que reflete uma mudança significativa na cultura de trabalho pós-pandemia.