fbpx

Sequela deixada pela Covid tem atrapalhado retomada de atividades físicas, aponta especialista 

Por Dentro De Tudo:

Compartilhe

Com o verão se aproximando e a expectativa de que tudo volte ao normal no próximo ano, após a pandemia de Covid-19, muita gente tem se animado para retomar as práticas de atividades físicas. Entretanto, uma das sequelas deixadas pelo novo coronavírus tem sido alvo de queixa: o excesso de cansaço de voltar a praticar exercícios. Médico ortomolecular e especialista em medicina desportiva, João Branco explica o que tem causado a dificuldade dos pacientes que já tiveram Covid para manter o ritmo na hora de se exercitar.

“Se tornou comum no consultório queixas como: ‘Dr, está difícil voltar depois da Covid, por causa do cansaço’. Isso se deve ao bloqueio androgênico, que é a diminuição da produção dos hormônios, principalmente dos androgênicos, dentre eles, a testosterona. Pra retorno na atividade física, a testosterona melhora a performance, ajuda na queima de gordura e tem efeito termogênico na dose fisiológica”, explica o especialista. 

João Branco ainda faz um alerta para que essas pessoas com dificuldade de retomar o ritmo não apelem para meios mais fáceis, como o uso de substâncias como esteróides e anabolizantes. “Muitas pessoas buscam por ‘dicas’ sem controle médico do uso dos EAA (Esteróides Anabólicos Androgênicos), que vem de um caminho escuso, vem do Paraguai, do câmbio negro, e essas substâncias usadas de maneira aleatória e sem acompanhamento médico podem causar um prejuízo muito grande, principalmente pra quem continua com os riscos cardiovasculares causados pela Covid, principalmente os fatores pró-trombose. E isso é péssimo, porque você fica usando esse tipo de EAA, que baixa o HDL e aumenta o risco de trombose, junto com os fatores que estão vindo em função da doença provocada pelo coronavírus. Isso aumenta muito o risco cardiovascular”. 

A orientação é, sempre que possível, ser acompanhado por um profissional adequado. “Não faça isso, acompanhe com seu médico. Existem exames com marcadores sobre fatores pró-trombose que a gente tem como acompanhar. E se precisar, obviamente com acompanhamento médico para quem pode, isso pode ser feito. Não é que eu seja contra, mas não pode ser feito de maneira aleatória por dica de quem não conhece seu próprio organismo. E isso a gente já viu pessoas fisicamente bem, que eram atletas e que faleceram devido ao erro de usar em excesso essas substâncias”, finaliza o médico. 

Encontre uma reportagem