fbpx

Frente Mineira de Prefeitos vai recorrer da suspensão de eleição

Por Dentro De Tudo:

Compartilhe

A Frente Mineira de Prefeitos (FMP) vai recorrer da decisão da 33ª Vara Cível de Belo Horizonte que suspendeu os efeitos da eleição de 12 de agosto. A informação foi confirmada pela assessoria do prefeito Alexandre Kalil (PSD). A decisão foi proferida, na última quarta-feira (20), pelo juiz Henrique Schvartzman, por descumprimento às normas estatutárias e ao princípio de publicidade. O magistrado acatou o pedido de antecipação de tutela de urgência ajuizado pelo prefeito de Coronel Fabriciano, no Vale do Aço, Marcos Vinícius Bizarro (PSDB). Caso a decisão seja mantida, uma nova eleição deve ser convocada pelo ex-presidente da FMP, Alex de Freitas.

Em nota, a assessoria afirma que Kalil não pediu para ser presidente da FMP. “O cargo estava vago desde a saída do então prefeito de Contagem, Alex de Freitas. Um grupo de prefeitos convidou e ele aceitou”, pontua. Além de Kalil, a diretoria tem o prefeito de Teófilo Otoni, Daniel Sucupira (PT), como vice-presidente executivo, e o prefeito de Ribeirão das Neves, Junynho Martins (DEM), como vice-presidente institucional. A prefeita de Pedro Leopoldo, Eloisa de Tadeu (MDB), a prefeita de Juiz de Fora, Margarida Salomão (PT), e o prefeito de Sabará, Wander Borges (PSB), completam a diretoria como, respectivamente, tesoureira, secretária e segundo tesoureiro.

Caso a antecipação da tutela não seja derrubada, o ex-presidente da FMP, Alex de Freitas, prefeito de Contagem entre 2017 e 2020, deverá convocar uma assembleia geral em, no máximo, 30 dias para realizar nova eleição para os cargos diretivos da associação municipalista, “com realização de comunicação eficiente aos associados (comunicação direta) e oportunidade de inscrição de chapas”.

Alex foi questionado se estava ciente da decisão judicial, bem como se a convocação para uma nova eleição já é preparada. Entretanto, ainda não respondeu.

Bizarro aguarda novas eleições

Segundo o prefeito de Coronel Fabriciano,Marcos Vinícius Bizarro (PSDB), quando o processo eleitoral foi feito, da forma como ocorreu, não foi democrático. “Nós, prefeitos, não fomos comunicados. Alguns receberam o comunicado no dia em que ocorreu a assembleia on-line e a grande maioria sequer conseguiu entrar na sala que montaram para fazer o processo. Questionei que não houve transparência e que o processo foi fraudulento. Não sou contra a diretoria ser eleita, mas que seja se forma democrática”, afirma o prefeito de Coronel Fabriciano. 

Questionado, Bizarro ainda refuta eventual candidatura sua em um novo pleito. “Entrei com a ação por ser prefeito, municipalista e por achar que o que fizeram foi ilícito. Eu fui dirigente da FMP, sei dos trâmites e por isso entrei com a ação. É mais salutar para Kalil que ele pegue, monte uma chapa e faça de forma diferente.” De acordo com o prefeito, Kalil nunca contribuiu para a FMP. “Nem quando o Alex era presidente acho que o Kalil contribuiu. Ele não fazia parte nem no tempo em que ela era ativa. Ele não pertencia. Assim como ele não pertencia à Associação Mineira de Municípios. Ele não é um municipalista.” Bizarro, agora, aguarda a convocação de novas eleições. “O Alex tem 30 dias para chamar a assembleia geral. É uma ordem judicial, ele tem que cumprir.”

Encontre uma reportagem