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Surto de coqueluche: o que explica o aumento de casos no mundo?

Por Dentro De Tudo:

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O aumento de casos de coqueluche em alguns estados brasileiros e em países da Europa e Ásia tem preocupado autoridades de saúde globalmente. A doença é especialmente perigosa para bebês, que ainda não possuem anticorpos contra a infecção bacteriana.

No Rio de Janeiro, os casos aumentaram mais de 300% até julho deste ano em comparação com todo o ano de 2023, segundo a Secretaria Estadual de Saúde. No Brasil, foram registrados 240 casos até 5 de julho, superando os 217 casos de 2023 inteiro.

A Europa também registra um aumento significativo. Entre janeiro e março de 2024, 17 países da União Europeia notificaram mais de 32 mil casos, comparados aos 25 mil casos de todo o ano anterior. No Reino Unido, pelo menos dez bebês morreram de coqueluche desde novembro de 2023.

Especialistas apontam que a coqueluche é uma doença cíclica, com picos a cada três a cinco anos. O recente aumento é atribuído a uma baixa circulação da doença durante a pandemia de Covid-19 e à queda das taxas de cobertura vacinal. Desde 2019, a meta de cobertura vacinal de 95% não foi alcançada no Brasil, com uma taxa de 83,7% em 2023.

A redução na vacinação cria condições para a circulação da bactéria, aumentando infecções e mortes. A vacina pentavalente, que protege contra a coqueluche, é administrada em três doses nos primeiros seis meses de vida, com reforços aos 15 meses e aos 4 anos de idade. A vacinação de gestantes é crucial para proteger os bebês, que só adquirem imunidade completa após os seis meses.

O Ministério da Saúde do Brasil tem recomendado a vacinação de profissionais de saúde e de adultos que cuidam de bebês. Grandes eventos, como os Jogos Olímpicos, aumentam o risco de transmissão, ressaltando a importância da vacinação para prevenir a reintrodução de doenças controladas ou eliminadas.

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