Alguns municípios brasileiros estão enfrentando um surto da doença mão-pé-boca. Pelo menos oito escolas registraram casos e, desde o dia 29 de setembro, já foram confirmados 63 diagnósticos em crianças no Sul do país. Só na última semana, foram 24 confirmações.
A doença é comum em crianças menores de 5 anos, mas pode aparecer em qualquer idade. Os sintomas são feridas nas mãos, pés e boca, além de febre, dor de garganta, vômitos e diarreia.
A enfermidade é comum nesta época do ano, mas especialistas acreditam que o retorno às aulas presenciais tenha desencadeado os surtos, que também foram registrados em outros estados.
A Prefeitura de Ourinhos, no interior de São Paulo, publicou um comunicado sobre um recorde de atendimentos de crianças com a doença contagiosa. Só no último domingo, 24, um total de 63 crianças foram atendidas na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Elas apresentavam quadro de mão-pé-boca e de Doença Diarreica Aguda, outra síndrome viral.
O que é a doença mão-pé-boca?
A doença mão-pé-boca é uma enfermidade contagiosa causada pelo vírus Coxsackie da família dos enterovírus que normalmente habitam o sistema digestivo e também podem provocar estomatites, uma espécie de afta que afeta a mucosa da boca.
O período de incubação do vírus, da infecção inicial até o aparecimento dos sintomas, é de três a seis dias. A febre costuma ser o primeiro sinal da doença.
Sinais e sintomas
Os sinais característicos da doença:
- febre alta nos dias que antecedem o surgimento das lesões;
- aparecimento, na boca, amídalas e faringe, de manchas vermelhas com vesículas branco-acinzentadas no centro que podem evoluir para ulcerações muito dolorosas;
- erupção de pequenas bolhas em geral nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, mas que pode ocorrer também nas nádegas e na região genital;
- mal-estar, falta de apetite, vômitos e diarreia;
- dificuldade para engolir e salivação excessiva.
Não existe tratamento específico para a doença. Ela tende a desaparecer entre cinco e sete dias após os primeiros sintomas.
Transmissão
A ingestão oral é a principal fonte de infecção pelo vírus coxsackie. A doença se espalha principalmente por meio do contato com secreções nasais ou secreção na garganta, saliva e de gotículas do espirro ou tosse da pessoa infectada.