Entre 2020 e 2023, foram registrados 785.571 casos de hepatites virais no Brasil, conforme o Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais do Ministério da Saúde. Os casos foram distribuídos entre hepatite A (171.255), hepatite B (289.029), hepatite C (318.916), hepatite D (4.525) e hepatite E (1.846). As vacinas para hepatites A e B e tratamentos para todas as formas da doença estão disponíveis no SUS.
Prevenção e Tratamento
Hepatite A:
Transmissão: Fecal-oral, contato pessoal e sexual.
Prevenção: Higiene, lavar alimentos, cozinhar bem alimentos, evitar banhos em águas contaminadas e usar preservativos.
Tratamento: Não há tratamento específico; cuidados paliativos são recomendados.
Hepatite B e C:
Transmissão: Contato sexual sem preservativo, uso de objetos contaminados.
Prevenção: Vacinação para hepatite B e uso de preservativos.
Tratamento: A hepatite B não tem cura, mas há tratamento para controlar a progressão. A hepatite C tem um tratamento eficaz disponível no SUS.
Hepatite D:
Transmissão: Relações sexuais sem preservativo, compartilhamento de seringas e agulhas, falha na esterilização de equipamentos médicos.
Prevenção: Vacinação para hepatite B e uso de preservativos.
Tratamento: Controlar o dano hepático, evitar bebidas alcoólicas.
Hepatite E:
Transmissão: Via fecal-oral devido ao saneamento inadequado.
Prevenção: Medidas de higiene e saneamento.
Tratamento: Não há tratamento específico; cuidados paliativos são recomendados.
Importância do Diagnóstico
A médica infectologista Sílvia Fonseca ressalta a importância do diagnóstico precoce para todas as formas de hepatite. O SUS oferece testes rápidos e vacinação para hepatite A e B, com tratamento disponível para todas as hepatites virais.
As hepatites virais frequentemente não apresentam sintomas iniciais, tornando essencial a testagem regular, especialmente para populações de risco. A prevenção por meio da vacinação e práticas de higiene são fundamentais para reduzir a incidência dessas doenças.