Aos 100 anos, um idoso diz que o segredo para viver tanto e tão bem está em se manter ativo. E ele sabe do que fala! No sítio onde mora, o vovô faz de tudo um pouco: limpa e organiza a casa, deixa o quintal em ordem e detesta bagunça. Ele tem uma saúde de ferro.
Assim é o Seu Ranulfo Eduardo França, que nasceu na Bahia, mas se encantou com o Mato Grosso, onde está há oito décadas. Com muita história para contar, o idoso trabalhou em garimpos e fazendas, e construiu uma linda família com o amor da vida dele, Dona Valdevina.
“Eu ando tudo com minha bengalinha, limpo aqui dentro de casa. Já o quintal, meu filho mais velho limpa. Faço meu café, não tem nada bagunçado aqui, se não vê uma camisa suja e jogada”, contou o idoso todo cheio de orgulho, que guarda no coração a esposa falecida.
Vontade de Deus
Ao lado do seu amor, Seu Ranulfo teve sete filhos, agora tem netos e bisnetos. Morou em várias cidades do Mato Grosso, como Poconé e Nova Brasilândia, até se fixar em Cuiabá.
Com uma vida centenária, o idoso assistiu a muitas situações históricas do Brasil e do mundo: nasceu depois da Primeira Grande Guerra Mundial, acompanhou a Segunda Guerra, viu presidentes morrerem no Brasil e o país viver momentos de intensas dificuldades econômicas.
Depois de acompanhar tantas situações e trabalhar duro, Seu Ranulfo é um exemplo de saúde de ferro. Aos 100 anos, toma apenas medicação para controlar a pressão alta, nada mais.
Bem-humorado, o idoso diz que atingiu os 100 anos por um único motivo: “Vontade de Deus”.
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Segredo da vitalidade
Seu Ranulfo tenta viver, escolhendo os aborrecimentos e em companhia de quem ama.
Além da família, o idoso não se desgruda com filhote canino “Feroz”. Ama plantas, assistir um outro programa de televisão e comer bem.
“O segredo para chegar aos 100 anos é Deus dando força, se ele não der, não irá chegar, com a idade que eu tô, não é moleza não”, disse Seu Ranulfo.
Em seguida, ele acrescentou: “Eu tô vivendo com saúde, não aborreço um filho meu falando que preciso ir ao médico, tomo meu remédio duas vezes por dia, benzo sempre meu corpo e rezo”.
O neto Carlos Eduardo, muito ligado ao avô, diz que conviver com o idoso é um aprendizado constante, segundo reportagem da Gazeta Digital.