A chuva que caiu em outubro aliviou a situação hídrica de Minas Gerais. A norma que previa redução na captação na região do Rio das Velhas terminou nessa segunda-feira (1º) e não precisou ser prorrogada. Significa que os cursos d’água começaram a recuperar a capacidade perdida durante o período de seca.
Entre as medidas anunciadas no início do mês passado estava a restrição do uso da água com queda de 20% na captação, o que não afetou de fato o cenário já que a Copasa já estava atuando com uma queda preventiva na captação do Rio das Velhas.
Após as chuvas dos últimos trinta dias, a situação mudou e a restrição foi suspensa, como explica o diretor geral do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), Marcelo da Fonseca.
“O monitoramento realizado pelo Igam indica que houve uma melhora da situação na estação de monitoramento, que foi a que indicou a suspensão dos usos na região metropolitana, razão pela qual não será prorrogada a sanção de escassez neste trecho do Rio das Velhas. A restrição atingiu os objetivos porque permitiu a redução do volume de água retirado do rio, garantindo uma vazão mínima para atendimento das condições mínimas do rio. Além disso, as ações de fiscalizações que ocorreram na região fomentaram ainda mais o cumprimento da norma, cujo os resultados ainda não foram consolidados”, disse.
Apesar da boa notícia de recuperação dos cursos d’água e a suspensão da restrição, o pedido é de cautela e de uso consciente da água.
“O período crítico para a questão da escassez hídrica é exatamente o final do período seco. Com início das chuvas, nós tivemos um mês de outubro com um volume de chuvas bom em todo o estado. Então, isso reverteu em grande parte das nossas bacias a situação crítica que nós vivíamos. Ainda resta algumas bacias em situação de alerta, mas tudo indica que a continuidade das chuvas também voltará à normalidade todas essas bacias. A gente espera que tenha um período de chuva com volume bom ao longo dos próximos meses. No entanto, é sempre necessário o uso racional de recursos hídricos, independentemente da situação de crise ou escassez hídrica, nós temos que ter consciência quanto a necessidade desse uso racional em todas as nossas atividades cotidianas”, ponderou Fonseca.
