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Entenda por que cargos de cibersegurança explodiram no Brasil, segundo o LinkedIn

Por Dentro De Tudo:

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Embora a área continue sendo dominada por homens, que ainda ocupam 80% dos cargos em cibersegurança, a participação das brasileiras foi a que mais cresceu no mundo, com um aumento de 4,45% no período

O Brasil ficou entre os três principais países do mundo em aumento nos cargos de cibersegurança. A constatação é do estudo LinkedIn Economic Graph, levantamento da rede que considerou o período de maio de 2023 a maio de 2024 e identificou uma alta de 4,7% nas contratações em cargos da área, deixando o Brasil atrás apenas da Alemanha, onde o crescimento foi de 4,7%, e da Espanha, onde a alta foi de 5,5%.

De acordo com o estudo, se todos os profissionais brasileiros com habilidades ou certificações em cibersegurança estivessem trabalhando na área, o setor poderia potencialmente crescer 41,7%, suprindo uma parte significativa da demanda por especialistas.

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Embora a área continue sendo dominada por homens, que ainda ocupam 80% dos cargos em cibersegurança, a participação das brasileiras foi a que mais cresceu no mundo, com um aumento de 4,45% no período, seguidas pelas polonesas, com 3,55%. Globalmente, as mulheres são menos de um terço da força de trabalho na área.

“À medida que as ameaças cibernéticas continuam a crescer e se tornam ainda mais sofisticadas, a tendência é que cada vez mais empresas invistam em talentos para reforçar suas defesas digitais. O crescimento acelerado do setor representa uma oportunidade significativa para profissionais atentos às tendências de mercado e setores em ascensão”, explica Milton Beck, Diretor Geral do LinkedIn para América Latina e África.

O Brasil também lidera a lista de países onde a proporção de vagas em cibersegurança, em comparação com outros setores, cresceu na soma dos últimos quatro anos, atingindo 11,2%. No entanto, a proporção de anúncio de novas vagas diminuiu 2,3% entre 2023 e 2024, assim como em quase todos os 14 países avaliados no relatório.

A maior queda nas novas contratações foi nos Estados Unidos, onde o número de vagas diminuiu 5,3%. Por outro lado, o relatório mostrou destaques positivos como o crescimento na Espanha, onde houve um aumento de 5,4%, e no México, que viu as contratações crescerem 6,8% entre 2023 e 2024.

“De 2016 a 2018, a segurança cibernética tornou-se uma questão mais crítica no Brasil, com um aumento nos ataques locais e globais. O mercado de trabalho estava despreparado, com escassez de profissionais de segurança. Eu, por exemplo, retornei à segurança na Accenture para liderar a equipe na América Latina, após anos em gestão e estratégia. Desde então, a digitalização dos negócios acelerou, impulsionada pela pandemia e pela inteligência artificial generativa. Em 2018, éramos 20 profissionais em segurança na região e hoje somos mais de mil, com mais de 500 no Brasil, formando novos profissionais e ajudando outros na transição de carreira para atender à demanda por mão de obra qualificada”, analisa André Fleury, líder de Cibersegurança da Accenture na América Latina.

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