Neste 15 de agosto, comemora-se no Brasil o Dia dos Solteiros, uma data que, embora tenha origem desconhecida, foi adotada para celebrar aqueles que optam por não estar em um relacionamento. De acordo com o último censo do IBGE, realizado em 2021, o Brasil conta com 81 milhões de pessoas solteiras, superando o número de casados, que era de 63 milhões.
Contrariando o estereótipo de que estar solteiro significa solidão ou infelicidade, muitos veem essa condição como uma escolha consciente e positiva. Márcia Priscila, analista de dados de 39 anos, que está solteira há nove anos, compartilha essa visão, afirmando que a solteirice lhe proporcionou liberdade e a oportunidade de valorizar sua individualidade.
Roberto**, um profissional autônomo de 40 anos, também vê a solteirice como uma fonte de paz, preferindo não buscar um relacionamento e afirmando que viver sem expectativas em relação aos outros é mais tranquilo.
Thiago Porto, neurocientista e especialista em comportamento, explica que o amadurecimento e a autoaceitação são fundamentais para viver bem como solteiro. Ele alerta que a falta dessas qualidades pode levar a uma busca incessante por relacionamentos, muitas vezes como uma forma de validação social, o que pode ser prejudicial à saúde emocional.
As redes sociais também influenciam essa escolha. Para o analista contábil Matheus Francisco, de 26 anos, o comportamento online de uma pessoa pode ser determinante na decisão de se envolver ou não com alguém, destacando que as redes sociais muitas vezes criam uma camada de falsidade, que dificulta a verdadeira conexão.
Estar solteiro não significa isolamento. Gustavo Ferreira Bento, head de marketing do aplicativo Ysos, voltado para encontros casuais, ressalta que muitos solteiros valorizam as experiências e as conexões sem compromisso, aproveitando a liberdade que a solteirice oferece para explorar outras formas de felicidade e realização.
Fonte: IBGE / Thiago Porto