O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), disse, em entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira (19), que o município não irá “patrocinar” o carnaval da capital. Tradicionalmente, a prefeitura recebe dinheiro por meio de empresas que, através de editais, é distribuído antes do evento.
Em 2020, R$ 14,3 milhões foram investidos no carnaval em Belo Horizonte, segundo a Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur). Foram 453 blocos e mais de 5 milhões de foliões nas ruas.
Mesmo com a indefinição do carnaval, a Ambev, empresa de bebidas que patrocinou o carnaval no ano passado, disse que “está otimista e se preparando para fomentar mais uma vez a maior festa popular do país, seguindo as recomendações sanitárias”.
Já o presidente da Belotur, Gilberto Castro, disse que a baixa cobertura vacinal entre os jovens de 20 e 30 anos vem sendo um empecilho para a organização do evento.
“Só para gente ter uma ideia, se a gente falar do público local, 40% do público local está na faixa etária de 20 a 30 anos e mais de 60%, quase 70% dos visitantes, também estão nessa faixa etária. Em contraponto, menos de 20% tomaram a segunda dose. E 80% dessas pessoas não buscaram a segunda dose”, falou ele, na semana passada.
Kalil endossou esta preocupação, dizendo que ainda não é possível prever a situação epidemiológica.
“Depois que vem a praia, que vem o réveillon e que vem o carnaval, é chamar o azar para o nosso lado. E eu não quero dar sopa para o azar”, disse o prefeito.
A TV Globo perguntou se a prefeitura vai fornecer estrutura como banheiros químicos, limpeza e segurança pública.
A resposta foi a seguinte:
“Conforme informado pelo prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, em coletiva na manhã desta sexta-feira, a Prefeitura de Belo Horizonte manterá seus serviços à população da cidade durante o período do Carnaval, ou seja, segurança, saúde, mobilidade e limpeza, respeitando as manifestações espontâneas. Não haverá investimento em estruturas.”
Fonte: TV Globo.