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Brasil é o segundo país do mundo que mais mata ambientalistas, aponta ONG

Por Dentro De Tudo:

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De acordo com a ONG Global Witness, o Brasil é o segundo país com o maior número de assassinatos de ambientalistas, ficando atrás apenas da Colômbia. Em 2023, ao menos 25 ativistas foram mortos no Brasil, enquanto a Colômbia registrou 79 mortes, o maior número já contabilizado em um único país desde o início do levantamento em 2012.

A América Latina concentra 85% de todos os assassinatos de defensores do meio ambiente no mundo, com países como Honduras e México empatados no terceiro lugar, com 18 mortes cada.

O relatório destaca que a violência contra ambientalistas no Brasil é impulsionada pela concentração fundiária e disputas por terras indígenas e quilombolas, muitas vezes ligadas à expansão do agronegócio, mineração e exploração madeireira. Um dos casos emblemáticos no Brasil foi o assassinato de Mãe Bernadete, liderança quilombola na Bahia.

A Global Witness reforça que, além dos assassinatos, os defensores do meio ambiente enfrentam retaliações, violência e campanhas de difamação por parte de governos, empresas e outros atores. O Acordo de Escazú, assinado pelo Brasil em 2018, visa promover direitos em questões ambientais, mas ainda não foi ratificado pelo país.

Para combater essa crise, a ONG sugere a documentação dos ataques e maior monitoramento das empresas que atuam em áreas de conflito. Um exemplo recente citado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) envolve o Fundo Global do Governo da Noruega, que recomendou a exclusão de investimentos na Prosegur, empresa envolvida em agressões e mortes de indígenas no Pará.

Nota

O Grupo Prosegur rebate categoricamente as acusações e reitera o seu firme compromisso com o respeito e a promoção dos Direitos Humanos. Declara que ofereceu detalhes concretos e documentados em relação ao incidente em questão, demonstrando de forma transparente que, em todos os momentos, agiu dentro dos parâmetros legais e em respeito aos Direitos Humanos.

Após o incidente, a SegurPro, empresa do Grupo Prosegur especializada em vigilância patrimonial e prestadora de serviços da empresa citada no Brasil, reforçou os seus protocolos e programas de formação, garantindo que os seus colaboradores estivessem mais bem preparados para lidar com situações complexas.

Toda a documentação referida foi compartilhada pela empresa com o Conselho de Ética do Fundo de Pensões Global do Governo Norueguês com total transparência, participando em diversas conversas para verificação das informações.

No momento da redação desta carta, o Grupo Prosegur não recebeu nenhuma comunicação do Fundo de Pensões Global do Governo Norueguês sobre qualquer decisão de desinvestimento relacionada a essas questões.

A Prosegur continua comprometida com a transparência e a melhoria contínua dos seus processos, realizando auditorias independentes e trabalhando ativamente para cumprir os mais elevados padrões internacionais em matéria de Direitos Humanos.

Da mesma forma, a cada três anos recorre a terceiros para colaborar na revisão da gestão da devida diligência, tendo o último exercício sido concluído em julho de 2024, o que concluiu um elevado grau de cobertura do ambiente de controle da companhia.

O Grupo Prosegur assume que a liderança, num setor estratégico como o da segurança privada, implica uma série de exigências sociais, éticas e ambientais. Entre eles, a empresa está especialmente comprometida com o respeito e a promoção dos Direitos Humanos.

Fiel ao seu compromisso com a transparência, o Grupo Prosegur está presente em alguns dos índices de sustentabilidade mais reconhecidos internacionalmente e mantém um relacionamento fluido com os grupos de interesse mais relevantes

Fonte: DW via Metrópoles

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