Quando uma criança é identificada como autora de bullying, o primeiro passo dos pais deve ser manter a calma e evitar reações impulsivas. Segundo especialistas, é fundamental abordar a situação com diálogo e acolhimento, orientando a criança a se colocar no lugar da vítima e desenvolver empatia. A psicóloga Telma Cunha ressalta que, apesar da vergonha e decepção que os pais podem sentir, esse é um momento importante para ensinar a criança a reconhecer seus erros e aprender com eles.
A terapeuta Carol Miranda acrescenta que, assim como as vítimas, as crianças que praticam bullying também precisam ser compreendidas e apoiadas. Muitas vezes, comportamentos agressivos são resultado de necessidades emocionais não atendidas, e punições severas ou violência por parte dos pais podem agravar o problema, afastando ainda mais a criança e perpetuando a agressividade.
O ambiente em que a criança está inserida também desempenha um papel crucial no seu comportamento. O estudo de 2017, realizado com jovens de Uberaba, apontou que crianças envolvidas com bullying frequentemente viviam em lares com comunicação precária e relações familiares difíceis, ao contrário daquelas que mantinham interações mais saudáveis em casa.
Fonte: O Tempo
Foto: Maria Symchych-Navrotska/iStockphoto
