Mais de 70 manifestantes de diferentes movimentos sociais ocupam a sede da Cemig, na tarde desta segunda-feira (29).
O prédio, localizado no bairro Santo Agostinho, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, foi ocupado por volta das 15h.
Integrantes do Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST), Sindieletro, Movimento dos atingidos pelas barragens (MAB) e Afronte e Levante Popular da Juventude, fazem parte do ato e prometem passar a noite no saguão de entrada do prédio da Companhia.
O secretário-geral do Sindeletro, Jefferson Silva, chama de “absurdo” a privatização da Cemig.
O que diz a Cemig
Em nota, a Cemig disse que o Sindieletro recusou proposta de reajuste salarial superior a 11%, oferecido pela Companhia a todos os seus empregados. “O reajuste incidiria sobre salários e benefícios, como vale-refeição e auxílio educação, entre outros. A Companhia ofereceu ainda a manutenção de condições diferenciadas oferecidas a empregados, como pagamento antecipado de 30% dos salários na primeira quinzena do mês e a quitação do pagamento até o penúltimo dia do mês corrente, e não até o quinto dia útil do mês seguinte, como é previsto pela legislação”.
A Cemig disse também “que a adesão à paralisação é mínima, sem qualquer prejuízo operacional. A proposta da Cemig foi aceita por 13 dos 16 sindicatos que representam empregados da Companhia. Entre eles, as representações de economistas, engenheiros, advogados, administradores, médicos, psicólogos e programadores, além da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas de Minas Gerais”.
“Na tarde desta segunda, integrantes do Sindieletro e de movimentos sociais invadiram parte do saguão da companhia. Foram registrados danos à portaria do edifício Júlio Soares, sem registro de feridos. Não procede a informação de que manifestantes teriam tomado armas da equipe de segurança do prédio. A invasão também não interferiu no trabalho dos empregados da sede da Companhia. Atualmente, 90% dos empregados da Cemig trabalham normalmente em todas as regiões do Estado”.
A Cemig disse repudiar qualquer tipo de violência e “mantém o diálogo com todas as entidades sindicais”.
Fonte: Globo Minas.