Michel Simioni, pai da adolescente Valentina Betti Simioni, de 14 anos, baleada ao entrar por engano no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio, relatou que decidiu acelerar o veículo ao perceber que os criminosos estavam armados. Ele temeu que pudesse ser sequestrado junto com sua filha.
“Eu vi dois rapazes, e um deles estava armado. Achei que a situação poderia piorar, e então resolvi acelerar. Foi nesse momento que eles dispararam cerca de 6 a 8 tiros”, contou Michel.
Após o incidente, policiais militares que estavam na comunidade prestaram socorro a Valentina. “Quando saímos da favela, ela me disse: ‘Papai, tomei um tiro’. Fiquei desesperado e continuei acelerando até encontrar uma viatura da PM. Eles salvaram minha filha, a colocaram no carro e saímos rapidamente”, relatou.
Valentina e seu pai estavam a caminho da praia, na Barra da Tijuca, após visitarem o Consulado Americano, quando o GPS os direcionou por engano para um dos acessos à comunidade da Maré, resultando no trágico incidente.