Depois de três meses de acordos com suspensão temporária de contratos e licenças não remuneradas, as companhias aéreas não conseguiram mais evitar as demissões. Só na manhã desta quinta-feira (2), a Azul desligou pelo menos 50 pessoas no Aeroporto Internacional de Confins.
A empresa não confirmou o número de cortes, mas, segundo funcionários, o total se aproxima de cem e incluem diversos setores como check-in, administrativo, mecânicos, manutenção e limpeza.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Aeroviários de Minas Gerais, Valter Aguiar, apesar de MP do governo garantir estabilidade, não obriga a empresa a ficar com o funcionário. “A obrigação é de pagar o equivalente a dois meses. E parece que é o que a Azul decidiu fazer”, explica.
A empresa não se pronunciou até o momento.
Movimento em Confins cai 90%
Só no aeroporto de Confins, o movimento de passageiros foi reduzido a menos de 5%, em abril, quando a circulação de pessoas por dia caiu de 30 mil para 1.000, e o número médio de voos diários caiu de 300 para 15.
Por meio de nota, a BH Airport, que afirma que o setor ganhou fôlego. “Foram cerca de 885 voos domésticos, um aumento de 57% em relação a maio. Com esse resultado, o aeroporto voltou a ter 10% das operações que tinha no período anterior à chegada da Covid-19. A movimentação de passageiros pelo terminal alcançou cerca de 65 mil pessoas em junho”, ressalta a concessionária que administra o aeroporto.