O furto de energia, conhecido como “gato”, resultou em 360 mil inspeções da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) entre janeiro e novembro deste ano em Minas Gerais. A estimativa de prejuízo é de cerca de R$ 400 milhões.
Nesta terça-feira (14), a empresa e a Polícia Civil apresentaram o balanço das ações realizadas na Região Metropolitana da capital em 2021.
“A Cemig mede toda a energia que é injetada no nosso sistema e também a gente tem toda a energia que é faturada. A diferença a gente chama de perda total. Dentro dessa perda total existe uma diferenciação entre perda técnica e a perda comercial, que nós fornecemos aos nossos clientes, e não foi faturada. Daí vem esse montante de R$ 400 milhões”, explicou o gerente de medição e perdas da Cemig, Luiz Renato Fraga.
Segundo ele, neste ano já foram feitas 80 mil cobranças e o total cobrado dos fraudadores foi de R$ 330 milhões.
“A gente tem, sim, a questão da baixa renda. É uma realidade, mas também há, infelizmente, grandes empresas e comércios envolvidos que não precisam disso”, destacou.
Região Metropolitana
Na Grande BH foram realizadas seis operações em estabelecimentos comerciais, onde 26 irregularidades foram detectadas pela Cemig, com um prejuízo estimado em R$ 2 milhões. Ao todo, 23 pessoas foram conduzidas à delegacia, sendo nove prisões em flagrante e a instauração de sete inquéritos.
“Pelo código penal, nós temos que individualizar a autoria do crime. Nós não podemos punir de forma genérica qualquer pessoa que, supostamente, tenha feito o desvio ou a subtração da energia elétrica”, explicou o delegado Roberto Alves Barbosa, do Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri).
Ações
Para combater esse tipo de situação a Cemig promete aumentar os pontos de medição inteligente de oito mil para 12 mil, com tecnologia que ajuda a acompanhar o consumo médio e detectar com mais facilidade o furto de energia.
O objetivo é regularizar 240 mil ligações clandestinas até 2025 e substituir 1,2 milhão de medidores até 2027.
A empresa alerta que alterar o medidor pode ser enquadrado como estelionato e furto qualificado. Para denunciar é só ligar para o telefone 116. Outras informações aqui.