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Bebês reborn movimentam mercado com preços de até R$ 8 mil em Minas Gerais

Por Dentro De Tudo:

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As bonecas realistas, conhecidas como bebês reborn, têm ganhado cada vez mais espaço no mercado de Minas Gerais, com lojas que lembram maternidades reais e oferecem produtos detalhadamente feitos de silicone. Essas bonecas, que podem custar entre R$ 500 e R$ 8 mil, são confeccionadas com extrema precisão para se assemelharem a bebês de verdade, e o mercado ainda envolve a venda de roupinhas e cursos para produção.

A empresária Karen Falcão, de Belo Horizonte, lidera um desses negócios, com faturamento de cerca de R$ 40 mil por mês. Nos períodos de maior demanda, como Dia das Crianças e Natal, as vendas podem quadruplicar. Karen começou no setor há 15 anos e trabalha com sua família na produção dos bebês, que pode levar até dois meses para serem finalizados dependendo da complexidade.

Outra empresária do ramo, Solange Araujo, de Sete Lagoas, destaca o sucesso de sua loja, que também vende roupas para as bonecas. Muitos de seus clientes economizam durante meses para adquirir um bebê reborn, demonstrando a paixão que esses itens despertam. O ritual de compra emula a adoção de um bebê, com direito a certidão de nascimento e instruções sobre cuidados.

Além disso, o mercado é impulsionado por cursos de formação de “cegonhas”, como os oferecidos pela empresária Si Fortuna, que ensina a arte de fazer bebês reborn e já formou mais de mil alunas. Ela também permite que suas melhores alunas vendam suas criações em seu site, como se fosse um marketplace.

Apesar do sucesso comercial, o mercado dos bebês reborn também enfrenta preconceito, com críticas de que as bonecas parecem crianças mortas. Psicologicamente, o professor Jailton Souza explica que o realismo desses brinquedos pode despertar sentimentos e memórias em algumas pessoas, mas alerta que o excesso de afeto em relação às bonecas pode prejudicar o luto ou outras experiências emocionais.

Foto: Fred Magno/O Tempo

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