O número de casos confirmados do superfungo Candida auris em Belo Horizonte subiu para quatro, segundo informações divulgadas nesta quarta-feira (16) pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). Dois pacientes já receberam alta, enquanto outros dois seguem internados no hospital João XXIII, localizado na região Leste da capital.
Além dos casos confirmados, 24 pessoas estão sendo monitoradas por terem tido contato com os pacientes infectados, e os casos estão sob investigação. As amostras estão sendo analisadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), com o apoio da Fundação Ezequiel Dias (Funed) e da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA). Até o momento, 39 pacientes já foram testados, dos quais dois testaram negativo, e nove tiveram a infecção descartada e receberam alta.
De acordo com a SES-MG, o fungo tem alta transmissibilidade e pode colonizar rapidamente a pele dos pacientes e o ambiente ao redor. O hospital João XXIII implementou medidas rigorosas de controle, como o isolamento dos pacientes, uso de equipamentos de proteção individual (luvas e aventais) e testes frequentes para detecção de novos casos.
O monitoramento da Candida auris em Minas Gerais começou em 2021, após o primeiro caso ser confirmado no Brasil. Desde então, 129 casos suspeitos foram descartados no estado.
O que é o superfungo Candida auris?
A Candida auris é um fungo emergente, descoberto pela primeira vez em 2009 no Japão, e representa uma grave ameaça à saúde pública global. Ele é resistente a medicamentos comumente usados para tratar infecções por Candida, o que dificulta seu tratamento. Em casos graves, o fungo pode causar candidíase invasiva, uma infecção que pode ser fatal, especialmente em pacientes imunodeprimidos.
A taxa de mortalidade para candidíase invasiva varia entre 29% e 53%, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Fonte: O Tempo
Foto: Fred Magno/O Tempo
