O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) acionou a Polícia Civil para investigar um crime de racismo após a circulação de um vídeo em que um homem de 36 anos faz declarações racistas e críticas à abolição da escravidão. No vídeo, o indivíduo, que trabalhava como funcionário de um bar em Belo Horizonte, afirma que pessoas negras “têm que tomar água do vaso” e faz ofensas contra a Lei Áurea, assinada pela Princesa Isabel em 1888, que extinguiu a escravidão no Brasil.
O conteúdo, publicado nas redes sociais do próprio suspeito na madrugada da última sexta-feira (18), gerou grande repercussão e levou à demissão imediata do homem, que havia trabalhado no bar por cerca de quatro meses. O proprietário do estabelecimento, que afirmou ser contra o racismo, tomou conhecimento do vídeo após ser questionado por clientes e declarou que o funcionário nunca havia apresentado problemas anteriores no trabalho.
Segundo o promotor de Justiça Allender Barreto Lima, o MPMG já acionou os responsáveis pela investigação dos crimes de intolerância para tomar as devidas providências. O presidente da Comissão de Promoção da Igualdade Racial da OAB-MG, Gilberto Silva, também declarou que o vídeo evidencia claramente o crime de racismo.
Além do caso de racismo, foi revelado que o suspeito possui antecedentes criminais, com quatro passagens pelo sistema prisional. Ele estava foragido desde março deste ano, após não retornar de uma saída temporária concedida pela Justiça.
A Polícia Civil ainda não se pronunciou oficialmente sobre o andamento das investigações.
Fonte da matéria: g1
Foto: Luiz Henrique Cisi/TV Globo
