Hospitais de Belo Horizonte estão em alerta após a confirmação de casos do “superfungo” Candida auris, que é capaz de provocar infecções graves, especialmente em pacientes de Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Um paciente, que já estava em estado grave após um acidente de moto, faleceu devido à infecção, enquanto outros casos suspeitos estão sendo investigados. As autoridades de saúde afirmam que, embora o momento exija atenção, não há motivo para pânico.
O Candida auris se espalha com facilidade, principalmente em ambientes hospitalares, por meio de superfícies e equipamentos contaminados, como estetoscópios e termômetros. Os principais grupos de risco são pacientes imunossuprimidos, pessoas em internação prolongada, e aqueles que passam por procedimentos invasivos ou fazem uso de antibióticos.
Carmem Faria, especialista do Laboratório Central de Saúde Pública da Fundação Ezequiel Dias (Lacen-MG), reforçou que, embora o fungo não seja novo, ele representa um risco principalmente para aqueles internados em UTI. Além disso, ela ressaltou a importância de intensificar as medidas de prevenção e monitoramento dos contatos dos pacientes infectados.
O tratamento para infecções causadas pelo Candida auris é complexo, pois o fungo é resistente a muitos medicamentos, incluindo fluconazol, anfotericina B e equinocandina. Pacientes infectados precisam ser tratados com um coquetel antifúngico para combater a infecção.
Com informações da SES e Funed
Foto: Janaína Santos ACS/Funed