O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) recomendou à Prefeitura de Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a exoneração de sete servidores comissionados envolvidos em um esquema de “funcionários fantasmas”. Entre os alvos estão o Secretário de Obras, André Lima Belico, e a diretora de Recursos Humanos, Marluci Arriel Pedroso, acusados de permitir que servidores não comparecessem ao trabalho, mas continuassem recebendo salários.
Os sete servidores, incluindo três homens e duas mulheres, devem ser dispensados em até 72 horas, conforme determinação do MPMG. O prefeito William Parreira Duarte (Avante) foi notificado e tem até a próxima quinta-feira (24) para cumprir a recomendação.
Durante as investigações, o MP constatou que os cinco servidores envolvidos não compareciam ao trabalho, enquanto os responsáveis pelas contratações não tomaram medidas para corrigir a irregularidade. A apuração indica que o esquema fazia uso de nomeações políticas, desconsiderando critérios técnicos e a real necessidade de trabalho.
O MPMG também investiga a existência de 30 possíveis servidores fantasmas na Prefeitura de Ibirité, sendo um terço ligado à Secretaria de Obras. Caso a recomendação não seja acatada, os gestores poderão responder por improbidade administrativa, o que pode resultar na perda da função pública, suspensão dos direitos políticos por até 8 anos e multa.
O órgão ainda exige que os atos de exoneração sejam enviados em até cinco dias e divulgados por 15 dias nos meios de comunicação oficiais e na imprensa local.
Fonte: Rodrigo Salgado, g1 Minas — Belo Horizonte.