Uma idosa de 67 anos morreu durante uma consulta odontológica numa clínica localizada no bairro Nazaré, Região Nordeste de Belo Horizonte, na tarde desta segunda-feira (27).
De acordo com a Polícia Militar, a vítima foi até a unidade para fazer um tratamento de canal e morreu ao realizar o procedimento. As primeiras informações davam conta de que tratava-se de extração de siso. Porém, no boletim de ocorrência foi confirmado que era tratamento de canal.
A idosa se sentiu mal 20 minutos depois do início do atendimento, de acordo com o registro. Logo depois, ela teve uma parada cardíaca. O Samu foi chamado, mas a vítima não resistiu.
Ainda segundo informações da PM, a idosa tinha problemas cardíacos. Familiares da vítima estiveram no local e não confirmaram qualquer tipo de doença no coração, no entanto, revelaram que ela já estava reclamando de dores no peito, e acreditam que a morte pode ter sido provocada por ansiedade, pois o pai dela havia sido internado há uma semana.
Disseram também que, na semana passada, ela buscou atendimento médico em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), na capital, e foi medicada. Na sequência, viajou para o interior, onde também teria procurado auxílio médico, antes de retornar para a consulta odontológica.
CRO fiscaliza local
O Conselho Regional de Odontologia (CRO-MG) esclareceu que o registro profissional do cirurgião dentista responsável pela clínica está ativo. Já sobre a situação da clínica, respondeu que a fiscalização foi acionada, porém, adiantou que não existe inscrição da entidade prestadora de serviço odontológico no CRO-MG.
A assessoria de imprensa do CRO-MG disse que eles estão em contato com o dentista para visitar o local e obter as informações necessárias.
“Inicialmente identificamos que o profissional é inscrito regularmente e que a clínica tem inscrição CNPJ, é uma empresa individual, mas carece de inscrição no CRO-MG. Completadas as diligências, outras informações serão disponibilizadas”, informou.
Sobre a clínica estar funcionando sem estar inscrita no conselho, a assessoria esclareceu que, “da forma que está apresentada como pessoa jurídica, para estar em plena regularidade deveria estar inscrita, mas o profissional pessoa física pode exercer plenamente suas atividades profissionais”.
A reportagem tentou contato várias vezes para o telefone divulgado na placa da clínica, mas não conseguiu falar com o cirurgião dentista responsável. A Polícia Civil vai investigar o caso.
Fonte: Globo Minas.