Uma clínica de reabilitação clandestina para dependentes químicos e/ou alcoolátras foi fechada após denúncia de maus-tratos na manhã desta quinta-feira (30). A unidade, localizada no bairro Charneca, em Betim, Região Metropolitana de Belo Horizonte, estava em atividade sem alvará sanitário. A proprietária e nove funcionários foram conduzidos para uma delegacia de polícia.
De acordo com a Guarda Municipal (GM) do município, além da falta de documentação obrigatória para exercício da atividade, há denúncias de que pacientes estariam presos e amarrados sem necessidade ou comprovação de tratamento. A Assistência Social está fazendo o levantamento caso a caso dos internos para identificação da cidade de origem e contato com os respectivos familiares.
A Prefeitura de Betim informou em nota que realiza nesta quinta-feira (30) uma ação de fiscalização na clínica após denúncias de irregularidades e de maus-tratos aos pacientes em tratamento.
Informou que uma equipe de técnicos das secretarias de Saúde e de Assistência Social, da Superintendência Municipal de Políticas Públicas Sobre Drogas (Supod), além da Guarda Municipal e do Conselho Tutelar, estão no local para fazer a inspeção.
A prefeitura disse ainda que foram encontradas 62 pessoas em situação precária, sendo 24 mulheres, dentre elas uma idosa de 70 anos e uma adolescente, e 38 homens, sendo cinco adolescentes.
Alguns pacientes precisaram de atendimento médico e foram levados para unidades de saúde pelo Samu. Os outros foram encaminhados para abrigos da prefeitura. Equipes da assistência social estão fazendo o levantamento para identificação da cidade de origem dos pacientes e contato com os familiares.
O local foi interditado pela Vigilância à Saúde.
Até o fim desta reportagem, nenhum representante da clínica foi encontrado para comentar o assunto.