Se você costuma sentir algum tipo de tontura repentina, sem nenhum motivo aparente, fique atento: pode ser labirintite sim. No entanto, inicialmente, é necessário investigar caso a caso. Nem sempre esse tipo de sintoma é caracterizado por um problema de saúde. Existem diversas explicações para esse incômodo. Por isso, é fundamental procurar ajuda médica quando algo diferente começar a prejudicar o seu bem-estar.
Causas da labirintite
Um quadro real de labirintite, quando diagnosticado de maneira correta, costuma ser um caso raro e grave. Causado por processos inflamatórios ou infecciosos, pode ser o resultado de uma otite (inflamação nos ouvidos) não tratada corretamente, por exemplo. No entanto, é comum associarmos episódios isolados de tontura à doença.
Nesse caso, de acordo com a otorrinolaringologista, Dra. Beatriz Figueiredo Brandão, o mais comum é que seja um quadro de labirintopatia ou vestibulopatia. “Labirintite como diagnóstico de tontura consiste em um processo inflamatório/infeccioso do ouvido interno, geralmente por disseminação de uma infecção da orelha média”, explica a médica.
Principais sintomas
A labirintite pode atingir as pessoas de diversas maneiras e causar sintomas variados. A duração dos efeitos da doença também costuma variar de acordo com o paciente e pode persistir por apenas por alguns segundos, ou até mesmo por vários dias seguidos. Confira a lista dos principais sintomas:
- Tontura;
- Alteração do equilíbrio corporal;
- Percepção errônea de posicionamento espacial;
- Sensação de que o próprio corpo ou o ambiente está se movimentando involuntariamente;
- Vertigem;
- Sensações de instabilidade, oscilação, flutuação, afundamento e mareio;
- Náusea;
- Vômito;
- Taquicardia;
- Palidez;
- Sudorese;
- Cefaleia.
- Prevenção
“De um modo geral, sem dúvidas, um estilo de vida saudável, com a prática de atividade física regular e alimentação balanceada ajudam a prevenir os episódios de vertigem. Mas, em cada caso há peculiaridades que envolvem desde controle de processo infeccioso a fisioterapia e/ou reabilitação vestibular”, esclarece a Dra. Beatriz. Ou seja, a labirintite é mais um problema de saúde que pode ser evitado com a adoção de hábitos saudáveis.
Como se livrar da labirintite
O tratamento da labirintite depende muito da causa do problema. De acordo com a médica, não existe uma solução comum para todos os pacientes. Por isso, caso os sintomas apareçam, é fundamental procurar auxílio profissional o quanto antes. No entanto, existem algumas maneiras clínicas para aliviar os efeitos agudos da doença.
“Os medicamentos supressores do labirinto causam apenas alívio sintomático e devem ter seu uso limitado pois podem atrasar a compensação vestibular, processo no qual o organismo se adapta e ‘aprende a lidar’ com a tontura”, diz a Dra. Beatriz.
Um paciente com crise de vertigem, por exemplo, deve ser tratado inicialmente com medicamentos para enjoo. Dessa maneira, o incômodo causado pela labirintite é aliviado temporariamente. Mas, para resolver o problema de vez, é necessário investir tempo em uma investigação médica mais criteriosa. “Após compensados do episódio agudo os pacientes devem ser encaminhados ao otoneurologista para investigação ambulatorial e tratamento direcionado”, diz.
“Além do tratamento medicamentoso, a correção de erros alimentares tem um papel fundamental no controle da vertigem. Dentre as principais recomendações estão: evitar alimentos como açucares, carboidratos, cafeína e álcool. Assim como deve ser incentivada a prática de atividades físicas regulares”, finaliza a Dra. Beatriz.