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Cantor recebeu R$ 19 milhões em shows em Minas em cinco anos; veja lista completa

Por Dentro De Tudo:

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Uma auditoria divulgada nesta quarta-feira (27) pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) revelou os artistas que mais receberam recursos públicos de prefeituras em Minas Gerais para apresentações nos últimos cinco anos. O cantor Eduardo Costa lidera o ranking, com um total de R$ 19,1 milhões pagos por 65 municípios, seguido por Leonardo e pela dupla Fernando e Sorocaba, ambos com cerca de R$ 16 milhões em contratos.

O levantamento abrange o período de 2020 a 2024 e mostra que quase R$ 1 bilhão foi investido em shows por cidades mineiras nesse intervalo. Em 2024, ano eleitoral, Eduardo Costa faturou R$ 9,6 milhões, com destaque para apresentações em Monsenhor Paulo e Brasilândia de Minas, onde cada show custou R$ 400 mil.

Lockdown e shows caros

Mesmo em 2021, durante a pandemia da Covid-19, Eduardo Costa realizou um show público em Mato Verde, no Norte de Minas, que custou R$ 213,5 mil aos cofres do município de apenas 12 mil habitantes.

Justificativas das prefeituras

Em nota, a Prefeitura de Monsenhor Paulo defendeu a contratação como seguindo os parâmetros legais, afirmando que a festa também gerou arrecadações filantrópicas, como 12 toneladas de alimentos e R$ 540 mil destinados a entidades assistenciais.

Outras prefeituras mencionadas no relatório foram procuradas pela reportagem, mas ainda não se manifestaram.

Top 10 artistas mais contratados por prefeituras mineiras

1. Eduardo Costa: R$ 19.142.701 (65 municípios)

2. Leonardo: R$ 16.473.947 (39 municípios)

3. Fernando e Sorocaba: R$ 16.034.240 (65 municípios)

4. César Menotti e Fabiano: R$ 15.376.432 (63 municípios)

5. Barões da Pisadinha: R$ 14.622.340 (48 municípios)

6. Gino e Geno: R$ 14.360.950 (84 municípios)

7. Amado Batista: R$ 13.434.900 (58 municípios)

8. Diego e Victor Hugo: R$ 12.609.850 (61 municípios)

9. Clayton e Romário: R$ 11.774.650 (67 municípios)

10. Felipe Araújo: R$ 11.453.412 (58 municípios)

Os dados ressaltam o alto custo de eventos artísticos pagos com dinheiro público e reacendem o debate sobre a priorização de gastos municipais em áreas como saúde, educação e infraestrutura.

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