Áreas próximas ao Rio Paraopeba e que foram atingidas pelas chuvas em Minas serão auxiliadas pela mineradora Vale. A empresa foi notificada nessa terça-feira (18) pelo Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema), por meio do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) e da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam). O trabalho deve começar imediatamente, e um plano de ação precisa ser apresentado em até cinco dias.
A notificação se deu após aumento significativo no nível e vazão do rio, o que levou ao alagamento nas margens e várzeas, que por sua vez chegaram até as cidades próximas. Ao logo dos 546,5 km de extensão, o Rio Paraopeba passa por 35 municípios mineiros, como Brumadinho, Mário Campos e São Joaquim de Bicas.
Conforme o documento, “a Vale terá que providenciar a limpeza imediata de propriedades particulares e vias públicas, em apoio às prefeituras dos municípios atingidos pelas chuvas”. A mineradora também terá que apresentar um relatório com as ações realizadas.
Também foi determinado que a mineradora realize a “destinação adequada de todo material removido das áreas atingidas e apresentar delimitação da área de inundação até o reservatório da usina hidrelétrica de Retiro Baixo, referente ao período chuvoso 2020/2021.”
Ao longo de todos os rios e afluentes afetados, a Vale terá que executar ações de estabilização de taludes e margens, garantindo a segurança de áreas de encostas e declives, e também garantir ações de disciplinamento de drenagens ao longo das margens dos rios, evitando processos erosivos e consequente carreamento dos rejeitos.
No momento, a recomendação do Governo de Minas é que as pessoas não usem a água do rio como medida preventiva. O trecho em destaque abrange Brumadinho, na Grande BH, e vai até o limite da usina hidrelétrica de Retiro Baixo, em Pompéu, na região Central do Estado.
Moradores que quiserem acompanhar o andamento dos trabalhos e monitorar a qualidade da água podem acessar esse link.
Procurada pela reportagem, a Vale afirmou que “está acompanhando a situação das áreas alagadas em decorrência das fortes chuvas que atingiram a bacia do Paraopeba nas últimas semanas”. Disse ainda que está prestando apoio às comunidades e avaliando os efeitos causados, e vai analisar possível relação do caso com o rompimento da barragem B1 em 2019.
“Após o término das avaliações, e caso sejam identificados eventuais impactos relativos ao rompimento, estes serão devidamente tratados conforme se faça necessário”, finalizou.
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