Casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) tiveram um crescimento significativo, tanto na tendência de longo prazo, referente às últimas seis semanas, como de curto prazo (últimas três semanas), no Brasil. As informações estão no boletim InfoGripe Fiocruz, divulgado nesta sexta-feira (21) pela Fundação Oswaldo Cruz.
O número de novos casos de SRAG estimados para a Semana Epidemiológica (SE) 2, de 9 a 15 de janeiro, alcança cerca de 19,3 mil casos. Segundo o boletim, a média móvel evoluiu de 13 mil para 16 mil casos semanais, alta de 23% em relação à primeira semana do ano.
De acordo com o estudo, 22 estados apresentam pelo menos uma macrorregião de saúde com nível de casos semanais de SRAG considerado muito elevado ou extremamente alto, somando 73 do total de 118 macrorregiões de saúde do país.
Em 25 dos 27 estados, observa-se ao menos uma macrorregião de saúde com sinal de crescimento nas tendências de longo ou curto prazo. Rondônia e Roraima são os únicos estados em que se observa tendência de queda ou estabilidade, no longo e curto prazos.
Para o coordenador, os dados deixam claro que tal cenário é ainda anterior às celebrações de final de ano: “no Rio de Janeiro, onde a houve distância maior entre o início da epidemia de Influenza e a retomada do crescimento da Covid-19, que levou a uma oscilação no número de novos casos no mês de dezembro, observa-se que o crescimento da covid-19 já se sobrepõe à queda nos casos associados à gripe, fazendo com que os novos casos de SRAG mantenham sinal de crescimento”.
Dentre os casos positivos em 2022, 22,6% são de Influenza A, 0,2% de Influenza B, 3,6% de vírus sincicial respiratório (VSR), e 64,4% de Sars-CoV-2 (Covid-19). Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 40,1% de Influenza A, 0,5% de Influenza B, 5,6% para o vírus sincicial respiratório, e 47,3% para Covid-19.
De acordo com os pesquisadores, o final do ano de 2021 foi marcado por uma epidemia de Influenza A em praticamente todo o território nacional, seguida de retomada do crescimento nos casos de SRAG associados à Covid-19 a partir da segunda quinzena do mês de dezembro.
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