O governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra), detalhou nesta segunda-feira (24/1), o edital de concessão da rodoviária de BH (Terminal Rodoviário Governador Israel Pinheiro – Tergip), no Centro da cidade, além de cinco terminais e 17 estações do transporte metropolitano.
O contrato de concessão tem duração de 30 anos, com investimentos de R$ 116 milhões nos primeiros 36 meses. Serão feitas reformas de melhoria nos banheiros, escada rolante, além de wi-fi gratuito disponível nos equipamentos.
“Publicamos o edital de concessão da rodoviária de Belo Horizonte e de cinco terminais metropolitanos e de 17 estações de transferência do Move metropolitano. A concessionária que assumir a rodoviária assume também os terminais e estações do transporte coletivo metropolitano de Belo Horizonte”, explica o subsecretário de Transportes e Mobilidade, Gabriel Fajardo.
Segundo ele, nos seis primeiros meses, a concessão prevê investimentos em wi-fi gratuito, reforma de banheiros, fraldário, sinalização, comunicação com o usuário. “Nos 36 primeiros meses, R$ 116 milhões serão investidos em melhoria estrutural e da capacidade desses equipamentos”, afirmou.
Fajardo explicou ainda o motivo de o contrato prever a concessão dos terminais e estações metropolitanos.
“Hoje, os terminais e estações de transferências são administrados pelas empresas de ônibus. Nós entendemos, no governo do estado, que empresas de ônibus tem que prestar serviço de transporte coletivo. Entendemos que existe um ganho de escala e sinergia operacional muito grande entre os equipamentos.”
De acordo com ele, a decisão foi tomada por dois motivos. “O estado está em um déficit fiscal e que isso é atração de investimento privado. Conseguimos, sem aumentar tarifa para o usuário, trazer investimento privado e melhoria para o serviço público.”
Ele afirmou que não haverá aumento de tarifa. “A premissa da concessão é não ter aumento de tarifa, nem para o transporte metropolitano nem para a rodoviária, logicamente observados os reajustes inflacionários.”
Na rodoviária, além das reformas estão previstas também melhorias da operação no dia-a-dia para o usuário. “Na rodoviária, estão previstos projetos estruturais de pavimentação e ampliação de capacidade se for necessário.”
Thiago Rodrigues, de 41 anos, é de Teofilo Otoni e disse ser favorável à privatização. “Vai melhorar para o usuário. Fazia quase dois anos que eu não vinha para BH e já achei que melhorou nos últimos anos.” Para ele, que tem uma deficiência em uma das pernas, em relação à mobilidade, a estrutura da rodoviária é inclusiva. “A escada rolante ajudou bastante”, completou.
A Secretaria de Infraestrutura vai gerir esse contrato e acompanhar indicadores de desempenho, que estão relacionados com a satisfação do usuário, limpeza dos equipamentos e atendimento rápido. Tudo isso vai ser fiscalizado mensalmente pela secretaria.
A autônoma Francisca Carolina, de 27, é de Belo Horizonte e vai viajar para Bonfim, na Região Central do estado. “Eu não costumo viajar muito, então, estive poucas vezes na rodoviária, mas acho que melhorou nos últimos anos. O banheiro está bem limpo e muitos lugares para sentar”, afirmou.
Segundo o subsecretário, o contrato já prevê a incorporação de novos equipamentos e terminais, “inclusive que não são de propriedade do estado, mas são operados pelo transporte metropolitano, para trazer eficiência e ampliação da melhoria desses contratos para os outros terminais e estações, inclusive o São Gabriel.”
“Estamos em diálogo com a CBTU para poder, eventualmente, firmar um convênio em que ela nos autoriza a fazer uma delegação. Se for do interesse da CBTU porque é de interesse do estado”, completou.