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Motoristas da Transoeste anunciam fim da greve; volta para casa foi caótica na segunda em BH

Por Dentro De Tudo:

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Os funcionários da Transoeste voltam ao trabalho a partir desta terça-feira (25) em Belo Horizonte. Nesta segunda-feira (24), 23 linhas de ônibus da capital ficaram paradas depois que os trabalhadores entraram em greve cobrando o pagamento de salários atrasados.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Belo Horizonte e Região (STTRBH), Paulo César Silva, a empresa quitou os salários atrasados de dezembro, as férias e pagou metade do valor pendente para o vale-alimentação. As linhas voltarão a funcionar normalmente a partir da 0h desta terça.

Com a paralisação, usuários do transporte público sofreram para chegar ao trabalho e também para voltar para casa com a falta de ônibus. O maior impacto foi sentido por quem tinha o Barreiro na rota, região atendida por 21 das 23 linhas paralisadas.

A diarista Patrícia Cláudia, 44, é moradora do bairro Vale do Jatobá, na região do Barreiro, e ficou sem ônibus para ir para o trabalho. A alternativa foi recorrer a um carro de aplicativo e gastar mais dinheiro durante a manhã. Na volta para casa, o orçamento pesou.

“O jeito é ir embora a pé mesmo, porque o dinheiro da passagem não dá pra pagar Uber. Eu tenho que ir embora,  tenho crianças dentro de casa, tenho que fazer janta, arrumar a casa. Depois que eu saio do meu serviço, eu ainda tenho todos os meus afazeres e, provavelmente, como está tendo greve eu vou chegar muito tarde se eu for a pé”, disse Patrícia na Estação Diamante.

O operador logístico Rafael Vinícius, 28, também foi afetado pela falta de transporte. Ele foi trabalhar de manhã em um ônibus fornecido pela empresa, mas, à noite, precisou recorrer ao serviço público.

“Eu pego o 305, da linha do Mangueiras. Estou aqui há uns 25, 30 minutos e me informaram que ele não vem. Vou ter que dar um jeito, ou vou de carona, ou solicitar um Uber ou ir andando mesmo”, comentou.

O serviço de transporte por aplicativo também foi a opção encontrada pela empregada doméstica Denise de Amorim da Silva, 48. Ela foi trabalhar de carona, mas, na volta para casa, teve que desembolsar um dinheiro maior do que o planejado.

“Agora, infelizmente, vou ter que pagar um Uber e pagar 12 reais até chegar em casa. Senão não consigo chegar em casa, não. Para ir a pé é longe, não dá pra ir”, contou Denise já no início da noite.

E ainda houve quem foi surpreendido pela greve em um contratempo ainda maior. O estudante de enfermagem Leandro da Silva Cardoso, 18, estava sem internet móvel no celular e não conseguiu sequer solicitar um carro via aplicativo.

“Não tem ônibus, tem mais ou menos uma hora e meia que estou esperando. Tive que ligar pra minha tia me buscar aqui, porque estou sem internet,sem nada e não tem como pedir Uber. Aí, fiquei na mão, né”, relatou o estudante.

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