A Polícia Federal apontou a participação de um ex-promotor de Justiça em um esquema criminoso que teria desviado ao menos R$ 27,5 milhões de prefeituras mineiras durante a pandemia de Covid-19. O ex-promotor, que atuava como lobista, teria usado sua influência para garantir contratos fraudulentos com uma organização social de fachada. A entidade, criada de maneira ilegal, visava desviar recursos públicos em prefeituras de Betim, Divinópolis e Ribeirão das Neves.
A investigação revelou que, entre 2020 e 2021, o ex-promotor teria recebido cerca de R$ 5,5 milhões do instituto envolvido nas fraudes. O delegado responsável pela operação destacou que, embora haja envolvimento de servidores públicos, a administração das prefeituras não teria conhecimento da fraude e foi vítima do esquema. O ex-promotor é acusado de organização criminosa, peculato e embaraço à investigação.
A operação, que resultou no indiciamento do ex-promotor, também apontou que ele atuava para viabilizar contratos ilícitos do instituto nas prefeituras, em troca de pagamentos feitos por meio de uma empresa de fachada.
Fonte: Clarisse Souza, O TEMPO
Foto: Divulgação/ Polícia Federal