Kirstin Lobato, de 41 anos, tatuou no braço direito o símbolo da sua vitória – liberdade e inocência – e abraçou os advogados após ouvir a sentença. A mulher antes condenada e que cumpriu quase 16 anos de pena em uma prisão injustamente vai receber uma super indenização: US$ 34 milhões.
A decisão veio de um júri federal, em Nevada, nos EUA. A Justiça concedeu a compensação financeira à mulher, que foi à prisão aos 18 anos. Ela foi condenada por um assassinato, em 2001, que ela não cometeu.
“Foi uma batalha árdua com muitos, muitos obstáculos”, disse Kirstin . “Estou feliz que tudo finalmente terminou.” A indenização é uma forma de o Estado norte-americano reconhecer o erro e pagar por ele.
Nada compensa
À imprensa, a mulher disse que “não sabia” se receber a indenização compensaria os anos de prisão. “Não tenho ideia de como será o resto da minha vida”, afirmou Kirstin.
O júri durante o julgamento concluiu que a polícia de Las Vegas e dois detetives, agora aposentados, fabricaram evidências contra Kirstin.
A mulher foi acusada de ter matado Duran Bailey, um homem em situação de rua. Ele foi assassinado de forma brutal, com indícios de múltiplas agressões.
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Falsas provas
Os detetives Thomas Thowsen e James LaRochelle, acusados da fabricação de falsas provas, compareceram ao julgamento. No entanto, os policiais disseram que ela o matou
Na época do crime, não houve evidências que vinculassem Kirstin à morte de Duran. Mas os policiais disseram que ela o matou porque o homem teria tentado estuprá-la durante uma farra de metanfetamina de três dias.
A mulher passou por vários julgamentos, inclusive na Suprema Corte.
Desde os 18 anos, essa mulher, a Kristin Lobato vive atrás as grades, agora a Justiça reconheceu que ela foi presa injustamente e receberá uma indenização: US$ 34 milhões. – Foto: Las Vegas Review Journal/APNews
Liberdade e expectativa
Em 2017, Kristen conseguiu sua liberdade com ajuda da organização não governamental, que se destina a defender inocentes nos EUA, ajudou.
O projeto Innocence Project e advogados, de Las Vegas, recorreram novamente à Suprema Corte Estadual.
Em 2023, um juiz estadual em Las Vegas emitiu um certificado declarando a mulher inocente do assassinato, segundo a APNews.