As características montanhosas de Minas Gerais, que são um símbolo de beleza e identidade do Estado, também representam um risco significativo, especialmente durante o período de chuvas intensas. As áreas de relevo acentuado, típicas de Minas, fazem com que deslizamentos de terra e inundações sejam mais frequentes, resultando em tragédias como a ocorrida na madrugada de 12 de janeiro de 2025, no Vale do Aço. Dez pessoas morreram em Ipatinga e uma em Santana do Paraíso devido a deslizamentos.
A principal justificativa para a grande quantidade de áreas de risco geológico no estado é o relevo montanhoso, mas há outros fatores, como construções irregulares e a falta de planejamento urbano, que agravam a situação. Muitas casas, especialmente em áreas inclinadas, são construídas sem acompanhamento técnico e sem levar em conta a segurança estrutural, como a profundidade das fundações, o que aumenta os riscos de deslizamentos durante chuvas fortes.
Especialistas apontam que, apesar de não ser possível realizar obras de drenagem e contenção imediatamente, ações futuras precisam incluir o mapeamento de áreas de risco e políticas públicas para realocar moradores em locais mais seguros, considerando o custo elevado dessas obras. Enquanto isso, o foco deve ser em salvar vidas, removendo as pessoas das áreas de risco antes da chegada de novas tempestades.
