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Pensar em outro pessoa na hora do sexo é normal ou traição?

Por Dentro De Tudo:

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As fantasias sexuais são uma parte natural da vida íntima de muitas pessoas. Elas podem ser uma forma de explorar desejos e curiosidades sem, necessariamente, comprometer a relação. No entanto, quando surge o pensamento de outra pessoa durante o ato sexual, a dúvida pode surgir: isso é traição?

A psicóloga Cleidiane Souza afirma que, apesar de ser um tema delicado, fantasias envolvendo outras pessoas não são, por si só, uma forma de traição. Ela explica que a fantasia é uma experiência mental, enquanto a traição se configura na quebra de confiança e no envolvimento emocional ou físico com outra pessoa, o que envolve uma transgressão dos acordos estabelecidos no relacionamento.

Fantasia ou Ação?

É importante fazer a diferença entre o que é uma fantasia sexual e o que constitui uma ação. Fantasiar com outra pessoa, segundo Cleidiane, é algo comum e muitas vezes não reflete uma insatisfação com o parceiro, mas um reflexo de desejos ou curiosidades. Em alguns casos, pode ser uma forma de explorar novas sensações sem que isso impacte diretamente o relacionamento.

“Pensar em outra pessoa não significa que você queira estar com ela fisicamente”, explica Cleidiane. “Muitas vezes, essas fantasias são apenas uma forma de explorar a sexualidade de maneira mais livre, sem que isso tenha consequências fora da mente.”

No entanto, se essa fantasia começar a sinalizar insatisfação com o parceiro ou uma falta de intimidade na relação, ela pode ser um indicativo de que é hora de uma conversa franca sobre o que está acontecendo no relacionamento.

A Necessidade de Comunicação

O que fazer, então, quando surgem esses pensamentos durante o sexo? A psicóloga sugere que, para muitas pessoas, o melhor é não compartilhar imediatamente esses pensamentos com o parceiro, especialmente se for algo pontual e sem impacto real no relacionamento.

“Compartilhar esses pensamentos pode gerar desconforto desnecessário, principalmente quando não há uma situação concreta acontecendo”, alerta Cleidiane. Ela também ressalta que a comunicação deve ser mais profunda quando o pensamento fantasioso começa a se refletir em outros aspectos da relação, como a falta de conexão ou satisfação sexual.

Estabelecendo Limites no Relacionamento

O mais importante, segundo a especialista, é estabelecer limites claros entre o que é aceitável, discutível e inegociável no relacionamento. Em alguns casos, a fantasia pode ser parte do jogo sexual do casal, como quando ambos se sentem confortáveis em fantasiar juntos. Porém, quando isso começa a gerar mal-estar, é hora de avaliar se é apenas uma fantasia ou se existe uma lacuna mais profunda a ser abordada.

É fundamental que o casal se conheça e se entenda, sabendo como lidar com essas situações de forma que a relação não seja prejudicada. O diálogo aberto, respeitoso e honesto é sempre a chave para manter a confiança e a intimidade no relacionamento.

Em última análise, cada casal define o que é aceitável dentro de sua dinâmica. A conversa sobre o que cada um espera e deseja na relação é essencial para que todos os envolvidos se sintam seguros e compreendidos.

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