Na terça-feira, 28 de janeiro de 2025, o Relógio do Juízo Final foi ajustado para o nível mais próximo do fim da humanidade em sua história, agora marcando 89 segundos para a meia-noite, simbolizando o fim da vida na Terra. Criado em 1947 pela ONG americana Boletim dos Cientistas Atômicos, o relógio é atualizado anualmente com base nos riscos globais, e desta vez reflete um aumento nos perigos nucleares, as mudanças climáticas e o desenvolvimento descontrolado de tecnologias como a inteligência artificial.
O relógio, que já esteve a 17 minutos da meia-noite após a Guerra Fria, chegou a 90 segundos em 2023, impulsionado pela Guerra da Ucrânia. Em 2024, os cientistas observaram a continuidade de conflitos nucleares, o aumento das temperaturas globais e a falta de progresso em reduzir os riscos catastróficos, o que levou à atualização mais alarmante. O ano de 2024, mais quente do que 2023, é um reflexo direto das mudanças climáticas aceleradas, com eventos como enchentes e incêndios em locais como o Rio Grande do Sul e a Califórnia.
Daniel Holtz, chefe do painel de especialistas, afirmou que “não houve progressos em 2024”, indicando um aumento nos riscos globais, e destacou que “o ano foi ainda mais quente que 2023”. O Relógio, que em 2007 passou a incorporar a crise climática em sua avaliação, agora reflete um panorama ainda mais preocupante.
Fonte: O TEMPO, 28 de janeiro de 2025