O homem de 30 anos suspeito de matar, esquartejar e colocar o corpo da mãe dentro de uma mala pagou R$ 50 para que um motorista fizesse o carreto até o local em que a vítima foi encontrada no bairro Canaã, limite entre Belo Horizonte e Santa Luzia. Na tarde deste sábado (25), a Polícia Civil deu mais informações do caso e informou que a cabeça da mulher ainda não foi encontrada.
O crime foi descoberto nessa sexta-feira (24). A mala e uma outra sacola estavam na avenida Senhor do Bonfim. Dentro, o corpo de Rizomar Ribeiro da Silva Ferreira, de 52 anos.
“O perito conseguiu encontrar no local do crime um manuscrito da vítima com o nome e a participação dela no EJA (Educação de Jovens e Adultos). Os policiais militares e civis conseguiram identificar câmeras de circuito de segurança que identificaram o carro que deixou a mala”, explicou a delegada titular do inquérito, Adriana Rosa, da Delegacia de Homicídios de Santa Luzia.
Ainda segundo a policial, a Saveiro tinha uma propaganda que fazia carretos e foi possível chegar até o motorista, em Santa Luzia. O condutor do veículo contou à polícia que foi procurado por um vizinho que pediu o carreto pelo valor de R$ 50. Ainda conforme o homem, o suspeito foi quem transportou a mala e outros objetos para caçamba do carro.
“Chegando ao local em que a mala foi deixada, o autor pediu que o motorista parasse para deixar aqueles pertences para que outras pessoas, eventualmente, pegassem. Chegamos a identificação dele e a prisão foi realizada dentro de uma igreja no bairro Londrina, em Santa Luzia”, detalhou a policial.
Em conversa com os policiais, o homem apresentou fala desconexa, estava confuso e não passou nenhuma informação do crime. Familiares afirmam que o homem tem transtorno mental e constantemente tinha atritos com a mãe. O agressor não trabalhava e também tinha problemas com drogas. Ele estaria sozinho com a mãe na residência já que o companheiro da mulher estava trabalhando em outra cidade.
“Nós ainda não sabemos qual foi o start do dia para a motivação desse crime cruel. A família ainda está no processo de absorção de tudo que aconteceu e não foi nos passado detalhadamente o tipo de transtorno que ele tem. Acreditamos que o crime tenha acontecido de quinta para sexta-feira”, afirmou Adriana.
Consulta psicológica após esquartejamento
Na manhã de sexta, o homem foi a uma consulta psicológica com o acompanhamento de uma irmã. Ele ficou cerca de duas horas com o profissional, mas não contou o que tinha acontecido.
Após sair da consulta, ele foi para casa da irmã e tomou um banho. O suspeito já tinha dois registros policiais por uso de documento falso e estupro de vulnerável. Pelo estupro, ele chegou a ficar preso por cerca de dois meses e meio em 2012.
O homem foi encaminhado neste sábado ao sistema prisional. O inquérito deve ser concluído em dez dias.
“Ele vai responder por homicídio qualificado, a gente não sabe ainda como se deu o fato, mas dá para imaginar um recurso que dificultou a defesa da vítima. A gente não sabe ainda se foi por algum meio cruel, as circunstâncias em que ocorreu. As investigações continuam”, finalizou a delegada.