Plano de saúde por menos de R$ 100 pode ampliar acesso à saúde, mas com limitações

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A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) anunciou a criação de uma nova modalidade de plano de saúde que poderá ser vendido por menos de R$ 100 mensais, com a proposta de ampliar o acesso da população aos serviços de saúde. O novo plano cobrirá consultas eletivas e exames, mas não oferecerá internações, atendimentos de pronto-socorro ou terapias. A ideia é atingir aqueles que atualmente não têm acesso aos planos de saúde tradicionais.

O plano será disponibilizado no formato coletivo por adesão, com 30% de coparticipação, e passará por um período experimental de dois anos. Durante esse período, não será possível fazer portabilidade entre os planos. O público-alvo são pessoas que não utilizam planos completos, muitas vezes recorrendo a alternativas sem regulamentação. A ANS acredita que essa modalidade pode beneficiar até 80 milhões de brasileiros.

Apesar de ser uma alternativa mais acessível, a modalidade não cobre serviços de maior custo, como cirurgias e terapias. A expectativa é que, com o diagnóstico precoce, o novo plano possa reduzir a incidência de doenças e aliviar o sistema público de saúde, ao desafogar os atendimentos de menor complexidade.

Porém, especialistas alertam para as limitações do plano, como a falta de cobertura para tratamentos mais caros e para serviços necessários, como terapias. Além disso, o Procon-SP ressaltou a importância de uma venda clara e transparente do produto para evitar surpresas aos consumidores.

A matéria foi publicada por Júlia Galvão/Folhapress.

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