O governo dos Estados Unidos está prestes a implementar um novo pacote de tarifas sobre importações do Canadá, México e China, uma medida que entra em vigor nesta terça-feira (4) e pode impactar drasticamente a economia global. O pacote de tarifas, que atinge cerca de US$ 1,5 trilhão em importações anuais, representa uma das ações mais agressivas de protecionismo da gestão de Donald Trump.
A tarifa será de 25% sobre todas as importações canadenses e mexicanas, exceto sobre a energia do Canadá, que será tarifada em 10%. Para a China, o percentual chega a 20%. A medida visa fortalecer a indústria norte-americana e aumentar a arrecadação do governo, além de equilibrar as relações comerciais, especialmente em relação à segurança nas fronteiras e ao combate ao tráfico de drogas.
O anúncio provocou reações imediatas nos mercados internacionais. Na China, as bolsas de valores caíram, e moedas asiáticas sensíveis ao comércio com Pequim se desvalorizaram. O preço do ouro subiu, refletindo a insegurança provocada pelas tarifas. Nos Estados Unidos, os mercados futuros operaram em alta, com especulações sobre a possibilidade de adiamento das tarifas.
Os países afetados já preveem medidas retaliatórias. A China está considerando taxar alimentos e outros produtos agrícolas dos EUA, enquanto o Canadá e o México indicaram que responderão com tarifas equivalentes. O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, afirmou que, se as tarifas entrarem em vigor, seu governo tomará uma resposta forte e proporcional.
Além disso, Trump planeja expandir a política protecionista. No próximo mês, novas tarifas sobre aço e alumínio podem afetar diretamente os vizinhos do norte, enquanto em abril, o foco pode se voltar para setores como automóveis, semicondutores e produtos farmacêuticos.
A escalada das tarifas levanta preocupações sobre seus efeitos na economia dos EUA, com inflação alta e setores como o automobilístico sendo potencialmente afetados. Economistas alertam que uma nova guerra comercial pode resultar em uma desvalorização generalizada de ativos, prejudicando o crescimento econômico global.
Fonte: Metrópoles Foto: Andrew Harnik/Getty Images