O dólar abriu em forte queda nesta quarta-feira (5), voltando do Carnaval em desvalorização de 1,90% frente ao real, cotado a R$ 5,8028. O movimento ocorre em meio à instabilidade no mercado global, impulsionada pelas falas do presidente dos EUA, Donald Trump, que reacendeu preocupações sobre tarifas comerciais e tensões geopolíticas.
Na sexta-feira (28), o dólar havia fechado em alta de 1,50%, atingindo R$ 5,9165, sua maior cotação desde 24 de janeiro. Já o Ibovespa operava em leve alta de 0,22%, impulsionado por ações do Itaú e Embraer, enquanto a Petrobras recuava diante da queda do petróleo no mercado internacional.
Efeito Trump e impacto global
Durante discurso no Congresso, Trump mencionou novas tarifas comerciais e voltou a fazer declarações polêmicas, incluindo ameaças ao Panamá e à Groenlândia. Ele reforçou sua política protecionista, citando o Brasil, e destacou cortes de gastos, incluindo demissões em massa nos EUA.
Contudo, o mercado monitora possíveis ajustes na política tarifária, com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, indicando que Trump pode amenizar as restrições para alguns setores, como automotivo, dentro do acordo de livre comércio com México e Canadá.
Dados econômicos e mercado financeiro
Outro fator que influenciou os ativos de risco foi o indicador ISM de serviços, que apontou crescimento no setor nos EUA, com índice de 53,5 pontos (acima da expectativa de 52,6). Entretanto, o aumento dos preços dos insumos reduziu o otimismo.
Os principais índices de Wall Street operavam em alta:
📈 Dow Jones: +0,42% (42.698,84 pontos)
📈 S&P 500: +0,21% (5.790,40 pontos)
📈 Nasdaq: +0,27% (18.334,76 pontos)
Enquanto isso, o relatório ADP mostrou que a criação de empregos no setor privado dos EUA desacelerou, atingindo o menor ritmo dos últimos sete meses.
Cenário brasileiro e inflação
No Brasil, os investidores aguardam a divulgação do Boletim Focus, que traz as previsões econômicas para 2025. No último levantamento, de 24 de fevereiro, a estimativa