A instalação de 12 praças de pedágio nas rodovias MG-010, MG-424 e LMG-800, que fazem parte do projeto de concessão da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), tem gerado diversas reclamações entre motoristas e moradores da região. O projeto, que será leiloado em junho, visa arrecadar fundos para melhorias na infraestrutura local, mas também tem sido visto com desconfiança por aqueles que dependem dessas vias no dia a dia.
As praças de pedágio serão distribuídas entre nove municípios, além de Belo Horizonte, incluindo Vespasiano, São José da Lapa, Confins, Pedro Leopoldo, Matozinhos, Prudente de Morais, Lagoa Santa, Jaboticatubas e Santana do Riacho, na Serra do Cipó. O sistema será “free flow”, ou seja, sem cancelas, permitindo o pagamento eletrônico sem a necessidade de parada. Contudo, os valores podem variar de R$ 1,45 a R$ 5,57.
A instalação de pedágios tem sido particularmente controversa na MG-010, que é uma das principais vias de acesso à região. Motoristas que circulam frequentemente entre as cidades vizinhas estão preocupados com os custos adicionais que a cobrança poderá trazer, além de temerem uma possível queda na demanda de serviços locais. Como relatado por Natali Castro, gerente de um posto de combustível, a cobrança pode afetar diretamente o fluxo de clientes e até impactar os empregos, pois os moradores de cidades vizinhas podem enfrentar dificuldades para acessar serviços essenciais.
Além disso, muitos motoristas alegam que procurarão rotas alternativas para evitar o pedágio, o que poderá causar um aumento do tráfego em áreas sem a infraestrutura adequada para suportar um grande volume de veículos, como as ruas residenciais.
Crédito da foto: Leandro Couri/EM/D.A.Press
Fonte: Estado de Minas
