O uso de perfis falsos para difamar, espalhar fake news ou atacar outras pessoas não é apenas antiético, mas também ilegal. A prática pode resultar em investigações que levam à identificação do autor, processo judicial e até mesmo condenações a indenizações por danos morais.
Nos últimos anos, a Polícia Civil e o Judiciário têm se especializado no rastreamento de perfis anônimos. Com tecnologias avançadas, como o rastreamento de IPs, é possível localizar a origem das contas falsas e identificar os responsáveis pelas mensagens.
Os crimes cometidos, como calúnia, injúria e difamação, estão previstos no Código Penal Brasileiro e podem resultar em penas de detenção e multa. Dependendo do conteúdo postado, também é possível que o autor seja processado por fake news, incitação ao ódio ou até crimes digitais, como os descritos na Lei Carolina Dieckmann (12.737/2012).
Além das punições criminais, o autor de ataques virtuais pode ser condenado a pagar indenizações às vítimas. Em alguns casos, os valores podem ultrapassar os R$ 50 mil, conforme o dano causado.
Embora muitos acreditem que criar perfis fakes garante anonimato, a realidade é outra. A polícia e empresas especializadas utilizam ferramentas para identificar a origem dos ataques. Redes sociais como Facebook, Instagram e Twitter também colaboram com investigações, fornecendo dados à Justiça.
Se você for vítima de ataques virtuais, registre um boletim de ocorrência na Polícia Civil, guarde evidências como prints de tela e links das postagens, e procure um advogado para acionar a Justiça. Além disso, é importante denunciar os perfis falsos nas próprias plataformas.
A internet não é um espaço sem leis, e quem comete crimes virtuais deve saber que pode ser responsabilizado, assim como no mundo real. O ataque a outras pessoas por meio de perfis falsos não ficará impune.
Crédito da foto: Gilles Lambert / Unsplash
Fonte: Tecle Mídia
