Novas espécies de margaridas amarelas são descobertas em Minas

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Pesquisadores do Norte de Minas fizeram uma descoberta importante ao identificar três novas espécies de margaridas amarelas, ampliando para 11 o número de novas espécies registradas no Plano de Ação Territorial para Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção (PAT) Espinhaço Mineiro. A descoberta foi divulgada nesta quinta-feira (13) pelo Governo de Minas e destaca a região como um centro crescente de biodiversidade.

As novas margaridas pertencem ao gênero Calea, nomeado a partir do grego “kallos”, que significa beleza. As espécies recém-descobertas são:

• Calea roqueana: Homenagem à pesquisadora Nádia Roque.

• Calea riopardensis: Nomeada em referência à cidade de Rio Pardo de Minas.

• Calea strigosa: Caracteriza-se pelos tricomas (semelhantes a pelos) no caule e nas folhas.

As duas últimas espécies foram encontradas no Parque Estadual Serra Nova e Talhado, enquanto a Calea roqueana foi localizada no Pico da Formosa, em Monte Azul, além de Licínio de Almeida, na Bahia. As novas margaridas são endêmicas e correm risco de extinção, e sua descoberta é vital para o desenvolvimento de estratégias de conservação na região.

O gerente do Parque Estadual Serra Nova e Talhado, Grazielly Costa, ressaltou a importância dessa descoberta, afirmando que o conhecimento da diversidade local é essencial para elaborar estratégias de conservação eficazes. A coordenadora do PAT Espinhaço Mineiro, Gabriela Brito, destacou a necessidade de mais investimentos e estratégias para preservar a biodiversidade da região.

Além disso, a pesquisa sublinha a importância da inclusão de pessoas com deficiência na ciência. O doutor em botânica Vinícius R. Bueno, diagnosticado com a Síndrome de Charcot-Marie-Tooth, liderou o estudo, superando limitações físicas para contribuir significativamente para a pesquisa do gênero Calea.

As novas descobertas também impulsionam a criação de um guia ilustrado da flora do Norte de Minas, que ajudará na identificação e proteção dessas espécies. O Projeto Pró-Espécies continua a apoiar a pesquisa e conservação da biodiversidade, com foco na preservação das espécies recém-descobertas.

Fonte: Hoje em Dia

Crédito da foto: Divulgação / IEF

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