As chamadas automáticas, conhecidas como robocalls, estão se tornando uma grande dor de cabeça para milhões de brasileiros. Elas são feitas por sistemas computadorizados, projetados para testar linhas ativas e são usadas tanto em campanhas de telemarketing quanto por criminosos que aplicam golpes. Embora muitas dessas ligações sejam curtas e caiam logo após o atendimento, elas continuam a perturbar a rotina de quem recebe essas chamadas.
No Brasil, cerca de 20 bilhões de ligações automáticas são feitas todos os meses, e grande parte delas é originada de programas especializados que compram listas de números e alteram códigos de área para aumentar a probabilidade de o destinatário atender. Em muitos casos, ao tentar retornar, o número não existe, o que gera frustração e perda de tempo para quem recebe.
Essa prática não afeta apenas o cotidiano das pessoas, mas também pode comprometer situações importantes, como exames médicos ou oportunidades de emprego, quando uma ligação importante é perdida por causa das chamadas indesejadas. Além disso, esses sistemas automatizados podem ser usados por quadrilhas para aplicar fraudes, o que aumenta a preocupação sobre a segurança dos dados pessoais dos cidadãos.
Especialistas alertam que as robocalls são uma prática ilegal em muitas situações e podem ser enquadradas como fraudes, com punições severas para quem as utiliza. A Anatel está tentando combater esse problema, implementando medidas como a “origem verificada” para tornar as ligações mais transparentes para os consumidores. Apesar disso, a população segue vulnerável a essa ameaça invisível que continua a crescer no país.
Crédito da foto: Fantástico / Fonte: G1