Um novo levantamento feito pela plataforma MeuPatrocínio, pioneira em relacionamentos do tipo Sugar na América Latina, revelou que a instabilidade financeira nos relacionamentos pode afetar de forma significativa a saúde das mulheres — incluindo a aceleração do envelhecimento. A pesquisa, que entrevistou 1.200 mulheres entre 21 e 34 anos, comparou aspectos físicos e emocionais daquelas que se relacionam com homens financeiramente estáveis e das que têm parceiros com renda de até um salário mínimo.
De acordo com os dados, 93% das mulheres que mantêm relacionamentos com homens de baixa renda relataram altos níveis de estresse, dificuldades para manter cuidados médicos e uma sensação constante de incerteza. Por outro lado, 89,5% daquelas que estão com parceiros bem-sucedidos financeiramente afirmaram desfrutar de melhor saúde geral, menor incidência de doenças crônicas e níveis de estresse significativamente mais baixos.
Para Caio Bittencourt, especialista em relacionamentos da plataforma, o fator financeiro impacta diretamente o bem-estar feminino. “Apesar dos reajustes no salário mínimo, inclusive em 2025, ele ainda está muito distante de garantir a estabilidade necessária para uma vida confortável. Quando a mulher não tem um parceiro capaz de proporcionar esse conforto, ela começa a enfrentar uma série de problemas que afetam tanto a saúde mental quanto física”, explica. Segundo ele, isso justifica a valorização do conceito de hipergamia, ou seja, a busca por parceiros mais bem-sucedidos financeiramente, em busca de menos instabilidade e mais qualidade de vida.
O tema também tem respaldo acadêmico. Um estudo publicado pela revista científica PLOS ONE mostrou que o estresse financeiro pode estar ligado a sintomas de depressão, ansiedade e envelhecimento precoce. Já o portal HealthyWomen relaciona esse tipo de estresse a doenças autoimunes, distúrbios hormonais, insônia, dores frequentes e ganho de peso.
Entre as usuárias do MeuPatrocínio, conhecidas como Sugar Babies, é comum a preferência por homens mais maduros, que oferecem segurança e conforto. Bittencourt reforça: “Não dá para pensar só em amor ao escolher um parceiro. No começo tudo parece lindo, mas com o tempo a falta de condições financeiras pode se tornar um peso. Amor sozinho não paga as contas nem oferece qualidade de vida.”
O estudo acende um alerta sobre o impacto direto das condições financeiras nos relacionamentos e na saúde da mulher, apontando que a busca por estabilidade vai além do materialismo — é uma questão de bem-estar e longevidade.
Fonte: O TEMPO Comportamento | Publicado em 29 de abril de 2025
Foto: bernardbodo/iStockphoto
