Um homem de 41 anos morreu durante uma sessão de ozonioterapia realizada em uma clínica de estética no litoral do Paraná. O procedimento, que teria como objetivo tratar uma luxação no ombro, foi interrompido após o paciente sofrer uma parada cardíaca logo após o início da aplicação.
Segundo o boletim de ocorrência, ele já havia apresentado sintomas como tontura em uma sessão anterior. No dia da morte, a profissional que conduzia a aplicação tentou prestar os primeiros socorros e acionou o Samu. A equipe médica tentou reanimá-lo por cerca de 50 minutos, mas sem sucesso.
A ozonioterapia é considerada uma técnica minimamente invasiva, na qual o ozônio é aplicado no corpo por vias variadas — incluindo retal, subcutânea e venosa. Apesar dos supostos benefícios defendidos por seus praticantes, como aumento da oxigenação, da imunidade e alívio de dores, não há comprovação científica robusta que respalde tais usos.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alerta que o uso da ozonioterapia fora das indicações aprovadas pode representar riscos à saúde. No Brasil, o uso do ozônio como recurso terapêutico só é permitido como tratamento complementar, desde que conduzido por profissionais da saúde com nível superior e registro em conselho da área. Equipamentos para esse tipo de aplicação devem ser regularizados junto à Anvisa.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
Foto: Reprodução/Redes sociais
Fonte: Metrópoles